PBH alerta população sobre risco de propagação do Chikungunya
Gestor do sistema faz apelo à sociedade no sentido de combater focos do mosquito Aedes Aegypti
representante da população indígena no Conselho Municipal de Saúde pediu a elaboração de políticas voltadas ao segmento
Fabiano Pimenta fez um apelo a vereadores, conselheiros de saúde e cidadãos presentes na audiência, solicitando a colaboração de todos no sentido de combater os focos de proliferação do mosquito em toda a cidade. Segundo ele, apesar de baixa letalidade, a doença provoca sintomas graves como febre e dores intensas nas articulações, que além de causar sofrimento podem impedir o paciente de desempenhar suas atividades por até 90 dias.
Como não existe vacina ou soro específico e a população não possui defesas naturais contra o vírus, contra o qual o tratamento é apenas sintomático, as ações de prevenção do contágio são fundamentais e devem contar com a mobilização de todos os setores. Segundo o secretário, que preconizou a realização de campanhas, mutirões e ações individuais, “é hora de somar esforços” contra o vírus, cujas características lhe conferem um potencial de disseminação bem superior ao da dengue.
Medicamentos e transporte
Respondendo a questionamento de vereadores, conselheiros municipais e distritais de saúde e cidadãos presentes à audiência, ele explicou que algumas deficiências devem-se a fatores externos ao sistema, como, por exemplo, a dificuldade de adquirir certas vacinas e medicamentos junto ao Ministério da Saúde, fabricantes e distribuidores; o atraso das parcerias público-privadas e obras previstas devido a recursos impetrados por envolvidos em licitações ou desapropriações. Com relação às políticas voltadas aos animais, o secretário expôs algumas ações realizadas nas regionais como castração, vacinação e incentivo à adoção. Voluntário no setor, o contador Paulo Olinto solicitou maior transparência em relação ao fluxo de recursos provenientes de cada ente federativo.
O vereador Bim da Ambulância (PTN) elogiou as melhorias no setor de transporte de pacientes e, destacando o sofrimento de pacientes e famílias, apontou aspectos a serem aperfeiçoados, como maior disponibilidade de viaturas para condução de pacientes de quimioterapia e hemodiálise. Veré da Farmácia (PTdo B), também membro da Comissão de Saúde, considerou a complexificação e aumento de custos do sistema decorrentes do aumento da população e das demandas do setor e elogiou os esclarecimentos prestados pelo gestor municipal.
A representante da população indígena no Conselho Municipal de Saúde, Marinalva pediu a elaboração de políticas voltadas ao segmento, cujas especificidades culturais exigem uma abordagem diferenciada, especialmente em questões como uso de drogas, abuso de álcool e violência doméstica.
Mais detalhamentos
Questionado sobre a ausência de alguns detalhes das contas referentes ao último quadrimestre, Fabiano Pimenta explicou que ocorreram alguns atrasos na compilação de dados devido a situações extraordinárias como a Copa do Mundo, mas garantiu que possui todas as informações em seu gabinete. Lembrando que o tema voltará à pauta na discussão do orçamento do município para 2015, ele se disponibilizou a retornar à Casa e a fornecer qualquer informação que for necessária.
De acordo com o Dr. Nilton, a necessidade de mais detalhamentos será avaliada pela Comissão de Saúde e Saneamento, se necessário junto à Comissão de Orçamento, no decorrer das próximas reuniões. Reconhecendo os avanços e os esforços da Administração Municipal, o presidente declarou que ainda há muito a ser aperfeiçoado para que o atendimento à saúde da população belo-horizontina atinja a qualidade desejada, que continuará a ser debatida e reivindicada pela Comissão.
Assista aqui à reunião na íntegra.
Superintendência de Comunicação Institucional