Vereadores cobram mais rigor contra cerol, que segue fazendo vítimas em BH
Ferimentos e mortes envolvendo linhas cortantes aumentam nos meses de férias
Foto: Portal PBH
A legislação municipal e estadual proíbe o uso de cerol e da chamada "linha chilena" para empinar papagaios. Quem descumpre a norma pode ser punido com multa ou até mesmo responder criminalmente se causar ferimentos. Contudo, o número de vítimas de acidentes com linha cortante assusta em BH: uma pessoa por dia, segundo a prefeitura. Com o objetivo de cobrar ações mais efetivas das forças de segurança contra a prática perigosa, a Comissão de Saúde e Saneamento realiza audiência pública na quarta-feira (19/7), às 13h50, no Plenário Helvécio Arantes.
Dados do Hospital de Pronto Socorro João XXIII apontam 16 ocorrências de janeiro a junho deste ano. Recentemente, uma criança de cinco anos foi vítima de uma linha com cerol. Um motociclista também morreu após ser atingido por um fio de energia elétrica, que foi cortado por uma linha. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, em média, uma vítima da linha cortante é atendida por dia na rede pública de saúde. No início do mês, uma denúncia anônima levou a Guarda Civil Municipal a apreender cerca de 70 rolos de linhas de cerol e chilena na Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras.
A linha chinela tem sido a preferida dos praticantes de papagaio. O material é resistente e tem um poder de corte quatro vezes maior que uma linha com cerol feito de vidro. O cerol chileno é feito com uma mistura de quartzo e óxido de alumínio.
Solicitada pelos vereadores Flávio dos Santos (PTN), Catatau da Itatiaia (PSDC), Hélio da Farmácia (PHS) e Cláudio da Drogaria Duarte (PMN), a reunião deve contar com a presença de representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Comando do Policiamento da Capital, Delegacia Geral de Polícia Civil e Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.
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