Escola Padre Henrique Brandão tem problemas de acessibilidade e espaço físico
A unidade municipal de ensino fundamental e EJA, localizada no Bairro Vista Alegre, recebeu comitiva parlamentar nesta quarta-feira
Foto: Taís Alves
A Escola Municipal Padre Henrique Brandão, localizada no Bairro Vista Alegre (Região Oeste de Belo Horizonte), foi visitada, nesta quarta-feira (26/6), pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, por solicitação do vereador Irlan Melo (PL). O objetivo foi vistoriar as condições estruturais, de higiene, atendimento, inclusão e segurança dos estudantes. O colegiado encontrou algumas situações de precariedade, como falta de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida em dois dos três blocos que compõem o estabelecimento, falta de lâmpadas na quadra, espaço físico reduzido para a demanda de alunos, além de brinquedos destruídos e iluminação deficiente no playground.
Segundo o vice-diretor do estabelecimento, Bruno Costa Oliveira, a escola está completando 50 anos de funcionamento e recebeu uma pequena reestruturação para adequação de alguns espaços no final do ano passado, reforma do piso e adequação de banheiros. Atualmente conta, inclusive, com um banheiro adaptado (inclusive com maca) para estudantes com doença mental. Entretanto, foram percebidos problemas considerados sérios pelo vereador Irlan Melo: “a escola é muito acanhada pelo número de alunos que ela atende. Temos questões graves de acessibilidade, temos três pavimentos que não têm acessibilidade nenhuma, isso não pode acontecer. A escola tem sete crianças com deficiência ou mobilidade reduzida”, lembrou. O vice-diretor sugeriu a implantação de uma rampa para acesso aos pavimentos.
A diretora da unidade, Cláudia Lúcia Socorro de Resende, informou que uma das quadras é usada para eventos, por falta de espaço. “A gente não tem acomodação, é constrangedor”, queixou-se a gestora, apontando que, além de não comportar pais e alunos, o espaço tem problemas de iluminação. Já foi aprovada no Orçamento Participativo a construção de um ginásio na escola, que está com projeto finalizado. O vereador pretende cobrar da Prefeitura a execução da obra.
Outra demanda é a utilização do campo de futebol vizinho à escola, que está em mau estado de conservação e estaria sendo usado como espaço para uso de drogas, criação de cavalos e dormitório por pessoas em situação de rua. Segundo o coordenador de Atendimento Regional Oeste, Sylvio Ferreira Malta Neto, há recursos do Orçamento Participativo para abertura da rua onde se localiza a escola (que é sem saída), reforma do campo e interligação entre ele e a unidade. As obras estão previstas para o 2º semestre e, na próxima semana, será feita uma reunião com a comunidade local para discutir a interligação.
Além das questões mais urgentes, como acessibilidade e espaço físico, há necessidade de reformar o playground da escola, que está com quatro dos cinco brinquedos quebrados e iluminação deficiente.
Estrutura
A escola funciona nos três turnos, tem de 100 a 110 funcionários, 54 turmas e 1,3 mil alunos. Atende estudantes no ensino fundamental, de 5 a 20 anos e, à noite, alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). São 19 salas, duas quadras, um hall central, dois espaços de convivência, um playground, um laboratório de informática e outro de ciências, uma sala de vídeo e uma biblioteca. A escola conta com um banheiro adaptado, inclusive com maca, para crianças com doença mental. Também tem uma cantina que oferece quatro refeições diárias, com acompanhamento nutricional.
Superintendência de Comunicação Institucional