Pavimentação no Bairro Novo das Indústrias depende de projeto e recursos
Em visita à Rua Dez, Comissão de Direitos Humanos identificou falta de acessibilidade adequada a idosos e pessoas com deficiência
Foto: Bernardo Dias/ CMBH
Neuza Mônica Oliveira é moradora do Bairro Novo das Indústrias há mais de 20 anos e conta que, desde então, a Rua Dez é assim: sem pavimentação ou acessibilidade adequada. Para verificar o problema, a via recebeu, na manhã desta segunda-feira (1º/7), a visita técnica da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor. Requerida pelo vereador Irlan Melo (PL), a atividade contou com a presença do diretor de Políticas para Pessoa com Deficiência, Luiz Porto Villani; do engenheiro e assessor da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, Rosemar Conssenzo; do representante da Regional Barreiro, Rogério Neves, e dos representantes da Copasa: o engenheiro Operacional do Distrito Barreiro, Fernando Zanette, e o técnico de Projetos e Obras, César Miranda.
Em visita ao local, a comitiva verificou as condições da Rua Dez, que apresentou ausência de pavimentação asfáltica e acessibilidade em toda sua extensão. Pontuando a divisão da via em três trechos - uma vez que é atravessada por outras quatro ruas - Rosemar Cossenzo explicou que, em função da aclividade do terreno, a pavimentação está recomendada apenas para os dois últimos trechos, entre as ruas Joel José de Carvalho e Elson Costa. “Aqui neste primeiro trecho, devido à inclinação, a orientação é melhorar a escadaria, que já existe, e fazer uma trabalho paisagístico, podendo aproveitar o primeiro talude para equipamentos da academia a céu aberto” esclareceu o gestor.
Prioridade
Ainda segundo Rosemar Cossenzo, toda a intervenção depende, ainda, de projeto específico e recursos municipais para a sua realização. “Não é uma obra barata, tem que fazer um estudo de bacia para dimensionar a rede, e a Copasa terá que entrar junto. Mas faremos um projeto que tenha a melhor solução, com o melhor custo, para que seja viável”, contou. Para o vereador Irlan Melo, entretanto, a intervenção é urgente e terá prioridade no seu mandato. “Eu não sei se a gente vai conseguir, o que eu vou fazer é pedir, insistir e 'ficar no pé' da Prefeitura”, afirmou.
Acessibilidade comprometida
A Rua Dez é passagem para pedestres com baixa mobilidade como idosos e pessoas com deficiência. Neuza Oliveira é mãe de Wilson Oliveira, cadeirante de 32 anos. Mesmo sabendo que é irregular, ela conta que, há cerca de um ano, gastou o que não tinha para construir uma rampa, por onde seu filho pudesse sair de casa com segurança. “Foi muito dinheiro, tivemos que fazer a contenção, chamar o caminhão para concretar, mas a gente tinha que fazer, porque no período de chuvas, não tinha como sair de casa”, relatou.
Para Luiz Vilani, diretor de Políticas para a Pessoa com Deficiência, esta atuação do Legislativo junto ao Executivo é importante e tende a catalisar as respostas para os cidadãos. “Ao envolver as áreas técnicas do Executivo na análise da demanda, aumentam-se as possibilidades de respostas efetivas, visto que as discussões são expostas de uma forma mais clara para todos”, argumentou.
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