Vereadores comentam anúncio da liberação de verbas para o metrô de BH

A urgência de ações para aumentar a segurança do Anel Rodoviário, palco de frequentes acidentes graves com mortos e feridos, e o anúncio da liberação de verbas para ampliação do metrô da capital foram comentados pelos integrantes da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário nesta quinta-feira (3/9). Declarando-se “desiludidos” pelas muitas promessas descumpridas por governos anteriores, inclusive estaduais e municipais, os vereadores mencionaram os avanços obtidos pelo Ministério de Infraestrutura e a esperança de que as obras finalmente “saiam do papel”. No fim da reunião, foram registradas respostas a dois pedidos de informação, dispondo sobre linhas de ônibus e contenção de encosta na Região Leste.

Com a participação dos cinco titulares, a reunião foi dedicada à abordagem de temas priorizados pela Comissão desde 2017. Motivados por mais um acidente ocorrido no Anel Rodoviário, em que uma carreta em alta velocidade atingiu 19 veículos, os parlamentares reforçaram a urgência da implantação de áreas de escape, redução da velocidade e monitoramento de veículos de grande porte. Eles asseguraram o empenho e negaram a omissão do Colegiado e do Legislativo, que criou uma comissão especial para tratar da questão. Além de recorrer à justiça para a municipalização da via, o grupo vai cobrar soluções da empresa que substituirá a Via-040, que devolveu a concessão.

Metrô do Barreiro

Outra prioridade dos belo-horizontinos e da Comissão, a implantação da Linha 2 do metrô, que ligará o centro à Região do Barreiro, foi tema de debate nesta quinta. Os integrantes celebraram o anúncio da liberação de verbas para a execução da obra, reivindicação antiga da cidade, prometida por muitos prefeitos, governadores e presidentes. Sem esconder a desconfiança, alguns afirmaram que só vão acreditar quando a verba chegar e as obras tiverem início, evitando mais uma decepção e frustração da população. Segundo os parlamentares, desde 2002 os recursos vêm sendo prometidos, especialmente em anos eleitorais, mas nunca saíram do papel, por “falta de vontade política”.

A maior esperança da concretização da ampliação do sistema desta vez, no entanto, foi declarada pela maioria, que elogiou a execução e a conclusão acelerada de inúmeras obras paradas, incluindo asfaltamento e duplicação de rodovias em vários estados e a transposição do Rio São Francisco pelo Ministério de Infraestrutura do governo federal que, “ao contrário dos governos anteriores, não registrou nenhum caso de corrupção e desvio de dinheiro desde o início do mandato, em janeiro de 2019”. Segundo eles, a estrutura da Linha 2 já está praticamente pronta, faltando apenas construir as estações de embarque e desembarque e realizar alguns ajustes.

Contenção de encosta e linha irregular

Sobre as obras de contenção de encostas em vias próximas ao Campo do Pitangui, na Região Leste de BH, questionada no RC 560/20, a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura informou que o empreendimento já está cadastrado no Plano de Obras do Município, apresentou o cronograma previsto para todas as etapas, da elaboração do edital à execução das obras, e relacionou os imóveis e áreas declaradas de utilidade pública para fins de desapropriação.

Em resposta ao RC 442/20, que solicitou informações sobre as linhas S-11 e 2153, que trafegam entre os Bairros Gutierrez e Cruzeiro, a BHTrans informou que a Suplementar S-11 é a responsável pelo percurso; a outra, por sua vez, foi implantada pelo Consórcio DEZ no dia 15 de junho, sem qualquer divulgação. A operação não autorizada foi objeto de notificação à referida concessionária, que interrompeu o serviço no dia 20 de julho.

Assista ao vídeo da reunião na íntegra.

Superintendência de Comunicação Institucional