Dados sobre pessoas em situação de rua serão apresentados por especialista
Pesquisador da UFMG trará estudos sobre o tema. Evento ocorrerá nesta quinta-feira (4/11), às 13h30
Foto Fernando Frazão/Agência Brasil
Quem caminha por Belo Horizonte talvez perceba muitas pessoas em situação de rua, uma vez que esse contingente populacional vem aumentando na cidade. Diante desse cenário, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário vai realizar, nesta quinta-feira (4/11), às 13h30, no Plenário Camil Caram, audiência pública para exposição e mapeamento de dados e possíveis soluções para atender a esse grupo que vive em situação de vulnerabilidade. Informações sobre esse segmento da população e sua localização na capital serão apresentadas pelo pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Tiago Gonçalves de Azevedo. O evento será transmitido ao vivo pelo Portal da Câmara de BH, e os interessados já podem enviar por aqui suas perguntas e/ou sugestões.
Solicitada por Braulio Lara (Novo), a reunião se relaciona ao estudo "BH sem morador de rua", desenvolvido pelo mesmo vereador e que tem o objetivo de promover análises sobre o assunto nos seguintes eixos temáticos: atendimento e encaminhamento social, revitalização de centralidades e bairros degradados, fomento do turismo em regiões específicas, e reinserção no mercado de trabalho.
Além do pesquisador da UFMG, a reunião também inclui os seguintes convidados: a secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Maíra da Cunha Pinto Colares, e o diretor da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA Brasil - regional Minas Gerais), Adriano Carlos Aureliano.
Abrigo e emprego
No dia 21 de outubro, a comissão realizou outra audiência ligada ao tema, na qual foram discutidas alternativas para mudar a perspectiva de pessoas em situação de rua em Belo Horizonte, garantindo-lhes direitos como abrigo, proteção de pertences, emprego e renda. No encontro, também solicitado por Braulio Lara, foram debatidos o papel da Guarda Municipal no encaminhamento de casos à assistência social da Prefeitura, a dificuldade na investigação de ocorrências pela Polícia Civil, devido à ausência de cadastros e registros; e a importância de um trabalho interdisciplinar entre governo, universidades, Judiciário e movimentos sociais para a humanização do atendimento a essa população.
No encontro, o vereador destacou a necessidade de se estabelecer um diálogo com as forças de segurança da capital e o Ministério Público para o mapeamento do cenário sobre a população em situação de rua em Belo Horizonte. Ele disse que muitos são os desafios que envolvem o tema e que a sensação de insegurança influencia a dinâmica comercial de Belo Horizonte e o desenvolvimento das empresas, de modo que a questão precisa ser objeto de políticas públicas.
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