Biblioteca Pública Infanto-Juvenil pode mudar do Centro para a Serra
Sede atual, perto da Praça da Estação, não ofereceria espaços adaptados ao atendimento do público infantil, silêncio e segurança
Foto: Divulgação / Gabinete vereadora Macaé Evaristo
Dando sequência aos trabalhos que têm como objetivo encontrar um local adequado para a Biblioteca Pública Infanto-Juvenil de Belo Horizonte (BPIJ-BH), a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo vai promover nesta quinta-feira (17/3), às 13h, no Plenário Helvécio Arantes, uma audiência pública para debater os desafios estruturais do espaço. A sede atual da biblioteca, no Centro de Referência da Juventude (CRJ), Rua Guaicurus, 50, ao lado da Praça da Estação, não ofereceria espaços adaptados ao atendimento do público infantil, silêncio e segurança. Um casarão na Rua Estêvão Pinto, no Bairro Serra, visitado pela comissão na semana passada, reuniria melhores condições para abrigar o acervo, bastando adequações que estariam concluídas até o final do primeiro semestre. De acordo com Macaé Evaristo (PT), requerente da audiência, a transferência do espaço físico da biblioteca é fundamental para adaptação ao que preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A criação do Centro de Referência das Infâncias e Adolescências e o Plano Municipal da Leitura e do Livro também estarão em pauta na reunião. A população pode participar enviando perguntas e sugestões pelo Portal da Câmara.
Reivindicação antiga e mobilização pública
Segundo a parlamentar, a aquisição de sede própria é uma antiga reivindicação dos belo-horizontinos, para os quais a sede atual, localizada, desde 2016 no Centro de Referência da Juventude (CRJ), não estaria oferecendo infraestrutura física adaptada para receber crianças de 0 a 11 anos. A ideia inicial era que a sede fosse mantida no Centro da capital, mas não foi encontrado espaço disponível. Após mobilização popular e interlocução entre as áreas de Educação e Cultura da Prefeitura, a demanda poderá ser finalmente concretizada. “O casarão é lindo, com estrutura robusta, aprovada pela Sudecap, sendo capaz de suportar o peso do acervo, com algumas intervenções necessárias, relativas à mobilidade e à criação de espaços para receber crianças e famílias, como refeitório, fraldário e banheiros adaptados”, destacou Macaé. A vereadora informou também que pela primeira vez, desde a sua fundação há 30 anos, a Biblioteca Pública Infanto-Juvenil de Belo Horizonte tem a chance de ter casa própria. "É importante ter um espaço específico para as infâncias. Essa biblioteca é para as crianças", completou. A PBH estima concluir as adequações até o final do primeiro semestre de 2022.
Em conversa com trabalhadores da biblioteca e membros da sociedade civil que frequentam o local, Macaé apurou que o público infantil não estaria sendo atendido em função da falta de espaços adaptados. Além disso, o CRJ não seria um local adequado por não oferecer o silêncio necessário à realização das atividades da biblioteca, que já teria perdido cerca de 40% de seu acervo original por falta de segurança. No CRJ, segundo a PBH, são desenvolvidas ações orientadas por núcleos como o de Gestão da Correria (Mundo do Trabalho), de Arte e Cultura, o Imagina (Direitos Humanos e Diversidade) e o Agora CRJ, voltado para a gestão e participação social.
Para a audiência, foram convidados a professora, escritora, defensora das infâncias e idealizadora da BPIJ-BH, Maria Antonieta Cunha; a secretária municipal de Cultura, Fabíola Moulin; a representante da Comissão Local de Cultura da Biblioteca Pública Infantil e Juvenil de Belo Horizonte Reni Tiago Barbosa; o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Belo Horizonte, Rodrigo Mateus Zacarias; o secretário municipal de Governo, Josué Costa Valadão; e a representante da Comissão Local de Cultura da Biblioteca Pública Infanto-Juvenil de Belo Horizonte Regina Lúcia Caminha Tôrres.
Superintendência de Comunicação Institucional