Acolhimento de pessoas em sofrimento mental pode ter déficit de vagas em BH
Vereadores vão verificar a necessidade de ampliação na capacidade de atendimento em Unidades de Acolhimento Transitório
Foto: Stênio Lima/PBH
A Unidade de Acolhimento Transitório (UAT) é um equipamento da Rede de Atenção Psicossocial para pessoas em sofrimento mental que fazem uso problemático de álcool e outras drogas e/ou se encontram em situação de risco e vulnerabilidades. Embora os casos de adoecimento mental continuem crescendo, em BH, existem apenas duas unidades (público adulto e juvenil) e juntos os equipamentos disponibilizam 22 vagas. Por isso, nesta sexta-feira (20/5), a Comissão de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor irá visitar os dois locais para verificar as condições de atendimento, estrutura e demandas dos equipamentos visando seu aprimoramento. A primeira visita, às 9h, será na UAT Adulto, que fica na Rua Adonias Filho, 211, Bairro Santa Maria; já a segunda, às 11h, será na Unidade de Acolhimento Transitório Infantojuvenil (UATi), localizada na Rua Edson, 525, no Bairro União; ambas foram solicitadas pela vereadora Bella Gonçalves (Psol).
Transitório e terapêutico
Segundo informações trazidas pelo gabinete da parlamentar, as unidades são um espaço de moradia provisória para que as pessoas possam se organizar e fortalecer os vínculos com a cidade. Ainda segundo o gabinete, os equipamentos precisam ter seu acesso ampliado para atender à demanda dos usuários da Rede de Atenção; o que pode ser feito, por exemplo, a partir da utilização de recursos previstos no PPAG 2022-2025.
No site da PBH, informações disponíveis dão conta de que as Unidades de Acolhimento Transitório foram instituídas em 2012 como componentes de atenção residencial de caráter transitório e recebem pacientes encaminhados pelos Centros de Referência em Saúde Mental (Cersam) a partir de discussões de casos entre as equipes e definição de Projeto Terapêutico Singular que inclua a passagem pelas unidades.
Juntas unidades somam 22 vagas
A UAT Adulto possui 12 vagas para os usuários e foi implementada em BH em 2015, como um espaço que acolhe usuários do Cersam AD (àlcool e droga) em situação de vulnerabilidade, com necessidade do recurso da moradia transitória. Sua equipe é composta por um coordenador, três profissionais de nível superior e dez agentes de ação social.
Já a UATi foi criada em 2017 e abriga, também de forma transitória, crianças e adolescentes de 10 a 18 anos com necessidades decorrentes do uso problemático de álcool e outras drogas e/ou em situações de risco e vulnerabilidades relacionadas ao contexto social e violência. Sua equipe é composta por um coordenador, quatro profissionais de nível superior, um profissional em serviços gerais, 12 agentes de ação social e possui 10 vagas.
Para a visita desta sexta-feira, além da secretária Municipal de Saúde, Cláudia Navarro e do gerente da Rede de Saúde Mental, Fernando Siqueira, foram convidados representantes da Diretoria Regional de Saúde Oeste; Diretoria Regional de Saúde Nordeste; Fórum Mineiro de Saúde Mental; Frente Mineira sobre Drogas e Direitos Humanos e do Conselho Municipal de Saúde.
Superintendência de Comunicação Institucional