Córrego do Cercadinho, no Buritis, será vistoriado nesta quinta (7/7)
Comissão vai iniciar estudos para criação do Parque Ciliar, protegendo nascente, vegetação e animais silvestres
Foto: Marcos Santos/USP Imagens
Identificar nascente e iniciar estudos para a criação do Parque Ciliar do Cercadinho. Este é o objetivo da Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, que nesta quinta-feira (7/7), às 9h, fará uma visita técnica à Rua Engenheiro Carlos Goulart, em frente à sede da BHTrans, no Estoril. De acordo com a requerente da vistoria, Duda Salabert (PDT), as margens do Cercadinho ainda são refúgio para animais silvestres e podem ajudar a drenar a água das chuvas. Além disso, a preservação da área com a criação do Parque vai auxiliar na conservação de reserva hídrica da capital.
Conforme o requerimento assinado por Duda Salabert, estão convidados para acompanhar os trabalhos os secretários municipais de Obras e Infraestrutura, Leandro César Pereira; e de de Meio Ambiente, Mário Werneck; o presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, Sérgio Augusto Domingues; e a coordenadora de Administração Regional Oeste, Luciana Carvalhais. Também foram convidados para acompanhar a vistoria Carlos Eduardo Tavares de Castro, representando a Copasa, e Carla Magna e Felipe Gomes, representando a sociedade civil.
Área protegida
A bacia hidrográfica do Córrego Cercadinho, afluente do Ribeirão Arrudas, corta BH no sentido Oeste/Leste e compreende os Bairros Buritis, Estoril, Estrela Dalva, Palmeiras, Havaí e parte do Belvedere e Olhos d’água. De acordo com a vereadora, existe uma área protegida na bacia, classificada como Área de Proteção Ambiental do Cercadinho, criada pelo Decreto Estadual nº 32017, de 1990. Com superfície total aproximada de 247 hectares, os terrenos situados na bacia hidrográfica do sistema de captação do Córrego Cercadinho, no Município de Belo Horizonte, estão definidos pelo decreto como área de proteção especial, para fins de preservação ambiental e proteção de mananciais.
Duda destacou que apesar da poluição, e de seu leito ter sido alterado em vários pontos, por conta de invasões e da expansão imobiliária na região, as margens do Cercadinho ainda são refúgio para alguns animais silvestres. Segundo ela, a preservação de nascentes, córregos e vegetação é importante estratégia de adaptação da população de Belo Horizonte à mudança do clima. “Em um contexto de emergência climática, com o aumento sem precedentes da intensidade e quantidade de eventos climáticos extremos, as áreas de vegetação protegidas são fundamentais para a drenagem das águas de chuvas, além de configurarem importantes reservas hídricas em cenários de secas e estiagens extremas”, afirmou.
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