ORDEM DO DIA

Comércio ambulante de bebidas em eventos pode ser votado em 2º turno

Plenário pode votar PL de 2019 que autoriza atividade de ambulantes em via pública. Criação de agenda de autoridades também pode ser votada 

segunda-feira, 31 Outubro, 2022 - 12:00
Homem usando uma blusa amarela e um boné segura dois carrinhos de sorvete, da mesma cor

Foto: Abraão Bruck/CMBH

A primeira reunião do Plenário do mês de novembro, nesta terça-feira (1º/11), às 15h, poderá decidir sobre a permissão de comercialização de bebidas em logradouro público por ambulante em veículo de tração humana. Está na pauta para votação do colegiado, em 2º turno, o Projeto de Lei 783/2019, que altera trechos do Código de Posturas de Belo Horizonte para regulamentar o exercício de atividade ambulante em passeatas, manifestações e eventos populares. Tramitando desde 2019, a proposta valoriza e reconhece o direito social ao trabalho, assegurando que caixeiros e caixeiras possam obter sua renda por meio da comercialização de bebidas em passeatas, manifestações, eventos e atividades populares. O Plenário também deve apreciar, em 1º turno, o PL 379/2022, que institui a agenda de compromissos públicos no âmbito do Poder Executivo Municipal.

De acordo com as autoras Bella Gonçalves (Psol) e a ex-vereadora Cida Falabella , o PL 783/2019 pretende “contribuir para a substituição da política repressiva de fiscalização por uma política de reconhecimento do direito social ao trabalho e, especialmente, ao trabalho dos caixeiros e caixeiras de Belo Horizonte”. Na justificativa, as vereadoras alegam que o próprio Código de Posturas autoriza o exercício de atividade ambulante no logradouro público (no artigo 118-A), mas, “por suas disposições restritivas e pelas constantes remissões à regulamentação e aos atos administrativos, ante à inércia do Executivo, acaba por esvaziar de efetividade das disposições constitucionais e legais”. 

Originalmente, a matéria determina que a comercialização de bebidas por ambulante em veículo de tração humana em passeatas e outros eventos populares não depende de licenciamento. Porém, uma emenda substitutiva, apresentada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, alterou a proposta determinando que o exercício da atividade dependerá de licenciamento.

A Comissão de Legislação e Justiça opinou pela constitucionalidade, legalidade e regimentalidade do PL e da emenda substitutiva. Em 2º turno, as Comissões de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Pública; Direitos Humanos, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor; e Orçamento e Finanças Públicas perderam prazo para apresentação do parecer. 

Para ser aprovado em definitivo, o PL precisa de 21 votos favoráveis. Caso seja aprovada, a matéria segue para sanção ou veto do prefeito.

Agenda pública transparente

Também está na pauta para ser votado  pelo Plenário, em 1º turno, o PL 379/2022, que institui a “Agenda de compromissos públicos no âmbito do Poder Executivo Municipal”. A proposta, assinada por Álvaro Damião (União), Gabriel (sem partido), Irlan Melo (Patri), Jorge Santos (Republicanos), Léo (União), Nely Aquino (Podemos), Professor Juliano Lopes (Agir) e Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB), tem como objetivo tornar pública a divulgação da agenda de compromissos dos agentes públicos de Belo Horizonte mediante publicação no site da Prefeitura.

Na justificativa, os autores alegaram  que a atividade exercida em nome do poder público municipal deve se limitar ao interesse público e ser passível de fiscalização por toda a população. Em sua relatoria pela Comissão de Direitos Humanos, Walter Tosta (PL) concordou com os autores e afirmou que a medida vai constituir um instrumento de transparência, gestão e prestação de contas, consonante com os princípios constitucionais da publicidade e da eficiência que devem nortear as ações e legitimar os atos da Administração Pública, além de reduzir o distanciamento entre esta e a sociedade.

A CLJ opinou pela constitucionalidade, legalidade e regimentalidade do PL, que também recebeu parecer favorável na Comissão de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor. Já as Comissões de Administração Pública e de Orçamento e Finanças Públicas perderam prazo para apresentação de parecer. 

O PL vai precisar do voto da maioria dos presentes para ser aprovado e, como não recebeu emenda, poderá retornar ao Plenário em 2º turno sem a necessidade de passar pelas comissões.

Superintendência de Comunicação Institucional