Com presença da artista, obra de Yara Tupynambá retornará ao Amynthas
A partir desta quarta (1º/2), Câmara começará a receber obras de arte para se tornar um dos maiores espaços para exposição da capital
Foto: Divulgação/CMBH
Um dos primeiros documentos visuais da história da capital, responsável por retratar contextos que se sucederam ao longo de séculos e fizeram de BH a cidade que hoje abriga mais de 2,7 milhões de pessoas, o mural “Belo Horizonte: do século XVIII ao século XXI”, da renomada artista Yara Tupynambá, volta a ocupar o espaço da Câmara Municipal no qual são tomadas as mais relevantes decisões da cidade, o Plenário Amynthas de Barros. A partir das 14h desta quarta-feira (1º/2), pouco antes do início da primeira reunião do Plenário de 2023, a artista e o presidente da Casa irão descerrar o mural, composto por dois painéis de 12x2m cada. Após ter ficado por seis anos exposta no hall de entrada da portaria principal do Legislativo, a obra de arte voltará a acompanhar os vereadores no principal palco de decisões do parlamento. Na ocasião, a Casa também receberá um quadro do artista Jarbas Juarez Antunes, o qual irá compor o acervo que ficará exposto à visitação pública no Palácio Francisco Bicalho. A expectativa é que a CMBH seja transformada em um grande espaço para mostra de arte e de itens de valor histórico, que retratem a memória da capital.
Montados em chassis de cedro, os dois painéis de 12m x 2m, que são assinados por Yara Tupynambá, retratam desde a chegada dos bandeirantes, no século XIX, até o momento histórico em que a democracia restaurada permite ao Parlamento Municipal atuar em prol da liberdade, da democracia e dos direitos sociais em Belo Horizonte.
No módulo I do painel, que é composto por quatro cenas, além da chegada dos bandeirantes, a História de BH é contada a partir do desenvolvimento de pequenas propriedades rurais, em torno da Fazenda do Leitão, hoje Museu Abílio Barreto, da construção da Igreja da Boa Viagem e da chegada de portugueses, italianos, libaneses, figuras essenciais no desenvolvimento de Belo Horizonte. A obra traz, ainda, a reunião da Comissão Construtora da cidade após a aprovação do plano urbanístico da nova capital.
Já no módulo II do painel “Belo Horizonte: do século XVIII ao século XXI”, as cores da tinta acrílica usada por Yara Tupynambá servem para retratar a configuração da família mineira, os movimentos populares e a atuação do parlamento. No painel, executado em 2010, estão expostos a força de trabalho que constrói e dá vida à cidade, e as primeiras famílias que, vindas de locais diversos, passam a ter BH como morada. Também a reivindicação das mulheres por liberdade e igualdade política e social, além da luta dos jovens, nos anos 1960 e 70, por mudanças e democracia fazem parte da História de BH sob o olhar de Yara Tupynambá. Na última cena exposta pela artista, o Poder Legislativo trabalha por liberdade, democracia e direitos sociais, em um contexto de liberdade política, garantidora de paz e progresso, enquanto que a infância remete ao futuro que nos aguarda.
Novas obras
Também no dia 1º, a partir das 14h, a Câmara vai receber o primeiro de muitos quadros de artistas locais que irão compor o acervo de obras a serem expostas à visitação pública no Palácio Francisco Bicalho, conforme anunciado pelo presidente Gabriel. O artista em questão é Jarbas Juarez Antunes, desenhista, escultor, pintor, gravador, ilustrador e jornalista. Nascido em 15 de janeiro de 1936 na cidade de Coqueiral/MG, frequentou a Escola de Belas Artes fundada pelo grande mestre Alberto da Veiga Guignard, em Belo Horizonte, entre os anos de 1957 e 1959. Professor aposentado da Escola de Belas Artes da UFMG, Jarbas Juarez Antunes atualmente leciona na Escola de Arte Maison e tem colaborado como ilustrador em publicações de diversas editoras.
A decisão de tornar públicos documentos históricos e obras de arte sobre a capital mineira teve início a partir da análise do acervo próprio da CMBH, que está sendo devidamente catalogado e ficará exposto à contemplação popular na própria sede do Legislativo. Além disso, por meio de parceria da Câmara com a Secretaria Municipal de Cultura, obras hoje sob guarda da PBH também passarão a ser expostas na Casa.
Para que todos os cuidados técnicos necessários à manutenção da integridade das obras artísticas e de valor histórico sejam assegurados, a Fundação Municipal de Cultura supervisionará a iniciativa, que irá democratizar o acesso à cultura e à arte e, ainda, aumentará o fluxo de pessoas na Câmara Municipal, trazendo os cidadãos para o centro de tomada de decisões políticas da capital. Também faz parte do conjunto de iniciativas voltado à valorização da arte a parceria com o CURA - Circuito Urbano de Arte, que deve ser o responsável por selecionar e trazer artistas para produzir suas obras na Câmara Municipal, movimentando e dando cara nova à sede do Legislativo.
Com as iniciativas que vêm sendo anunciadas desde o início do ano, o objetivo do presidente da Câmara é tornar o Parlamento Municipal o maior espaço de exposição artística aberto à visitação pública da capital.
Superintendência de Comunicação Institucional