Fraternidade e fome, tema de campanha da CNBB, em pauta na próxima terça

Na próxima terça-feira (4/4), às 9h30, no Plenário Camil Caram, a Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor realiza audiência pública para debater a edição de 2023 da Campanha da Fraternidade da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema é “Fraternidade e Fome”. Segundo a entidade, enquanto o país é um dos principais produtores mundiais de alimentos, mais de 30 milhões de brasileiros não têm o que comer. Solicitada por Bruno Pedralva (PT), a reunião deve contar com representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Arquidiocese de BH e  Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). A população poderá assistir presencialmente ao debate, ou online, pelo site ou pelo canal da CMBH no YouTube. Comentários, perguntas e sugestões já podem ser enviadas por link. 

Segundo o site da CNBB, o lema da campanha é “dai-lhe vós mesmos de comer” (Mt 14,16), e a fome é uma “vergonha”, pois, de acordo com a confederação, o Brasil é um dos principais produtores e exportadores de alimentos, com 43 milhões de hectares destinados à agricultura, enquanto dados da Confederação Nacional da Agricultura afirmam que, em 2020, o agronegócio no Brasil gerou R$ 1,98 trilhão. Embora possamos crescer ainda mais no agronegócio, bem como na agricultura familiar, a partir de uma verdadeira política agrária, infelizmente há no país “um inaceitável desperdício de alimentos”, assim como mau aproveitamento, e 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer (dados de 2022).

Foram convidados para a audiência: a secretária municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Rosilene Cristina Rocha; o arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo; o presidente da Cáritas Regional de Minas Gerais, Rodrigo Pires Vieira; o representante do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Silvio Netto; além de representantes do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel). 

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