Permissão de comércio em avenida da Pampulha é aprovada em 1º turno
PL altera classificação viária da Avenida Santa Rosa, no Bairro São Luiz, na Pampulha, até então restrita ao uso residencial

Na primeira reunião do Plenário de abril, foi aprovado em 1º turno o Projeto de Lei 447/2022, que altera a classificação da Avenida Santa Rosa, no Bairro São Luiz (Região da Pampulha), de modo a permitir a instalação de empreendimentos com finalidade não residencial. A intenção é adequar o espaço às características da região, facilitando o dia a dia da vizinhança e dinamizando as atividades econômicas locais. Também em primeira votação, passaram os PLs 1051/2014, sobre a disponibilização de lanche nas Unidades de Saúde Pública Municipais onde se realizam exames laboratoriais que requerem jejum, e 1262/2014, que cria o Programa Composta BH, disponibilizando sistema de compostagem doméstica aos inscritos. Foi mantido o veto total do prefeito Fuad Noman (PSD) ao PL 856/2013, de autoria do ex-vereador Léo, que dá o nome de Douglas Henrique ao Viaduto José Alencar, situado no encontro das Avenidas Abraão Caram e Antônio Carlos. O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel (sem partido), anunciou a sanção de duas leis que não foram que não foi validadas pelo Executivo no prazo regimental: a Lei 11.472, de autoria da Mesa Diretora, que concede reajuste de 10,57% na remuneração dos servidores da CMBH; e a Lei 11.471, que desafeta trecho da Rua Gandu, no Bairro Jardim Atlântica.
Comércio na Pampulha
Aprovado por 34 votos favoráveis e 3 contrários, o PL 447/2022 altera a classificação da Av. Santa Rosa de modo a permitir a instalação de empreendimentos com finalidade não residencial, aptos a conviver com o cotidiano dos moradores. Assinado por Gabriel, Ciro Pereira (PTB), Cleiton Xavier (PMN), Jorge Santos (Republicanos), Marilda Portela (Cidadania), Reinaldo Gomes Preto Sacolão (MDB) e pelo ex-vereador Léo, o texto não recebeu emendas e já pode ser anunciado para apreciação em 2º turno.
Marcela Trópia (Novo) disse que a alteração foi aprovada na última Conferência Municipal de Políticas Urbanas, e que a população precisa de equipamentos como um supermercado, já presente no local. Gabriel defendeu que, no futuro, a orla da Lagoa da Pampulha deveria ser um local de lazer, para o trânsito de pessoas a pé, “o nosso litoral”, com a presença de farmácias, padarias e restaurantes, sem prejuízo dos moradores locais.
Apesar de declarar-se favorável à medida, Fernanda Pereira Altoé (Novo) afirmou que o Plano Diretor exige que a alteração da classificação das vias seja apresentada pelo Compur e o projeto assinado pelo Executivo. “Essa é uma lei ilegal, vamos ganhar, mas não vamos levar”, disse.
Já Braulio Lara (Novo) ressaltou que tem atuado no Compur neste ano e protestou que este e outros projetos da conferência, realizada em novembro de 2022, ainda não chegaram à Câmara, o que atrasa os trabalhos da cidade: “é preciso agilidade”.
Unidades de saúde e compostagem
Juninho Los Hermanos (Avante) é autor de dois projetos de lei aprovados em 1º turno. O PL 1051/2014 dispõe sobre o desjejum nas Unidades de Saúde Pública Municipais onde se realizam exames laboratoriais, e tem o objetivo de evitar episódios de tontura, queda acentuada de glicose e outros males frequentes quando da realização de exames para os quais o jejum é necessário. A proposta foi aprovada com 31 votos favoráveis e 6 contrários. Já o PL 1262/2014 cria o Programa Composta BH, que consiste na disponibilização de um sistema de compostagem doméstica às famílias inscritas, de modo a viabilizar a transformação de resíduos orgânicos produzidos nos lares em adubo e fertilizante para plantas. A matéria teve votação simbólica, e recebeu votos favoráveis da maioria dos presentes.
Viaduto José de Alencar
Mantido por 37 votos favoráveis e 1 contrário, o veto total do prefeito ao PL 856/2013, que dá o nome de Douglas Henrique ao Viaduto José Alencar, situado no encontro das Avenidas Abraão Caram e Antônio Carlos. O Executivo justificou o veto esclarecendo que a mudança desrespeita a legislação em vigor, pois sugere trocar nomeação oficialmente outorgada há mais de dez anos.
Bombeiros e sinalização em hospitais
Foram rejeitados três projetos propostos pelo ex-vereador e hoje deputado estadual Bim da Ambulância, todos eles em 1º turno. O PL 866/2013, que altera a Lei 10.389/2012, que obriga estabelecimentos como shopping centers, casas de shows e locais que recebem mais de 3 mil pessoas a contarem com uma unidade de combate a incêndio e de primeiros socorros, composta por Corpo de Bombeiros Civis. A matéria recebeu 37 votos contrários e 1 favorável.
A obrigatoriedade de entidades que realizam vestibulares e concursos públicos a manter, nos locais de prova com mais de 500 candidatos, ambulância e equipe especializada em atenção à saúde, composta por pelo menos um médico, um enfermeiro e um condutor de veículo de urgência é tema do PL 553/2013, que recebeu votos contrários da maioria dos presentes em votação simbólica. Já o PL 556/2013 obriga a afixação de placas de identificação de hospitais e de outras unidades de saúde nas fachadas dos estabelecimentos, bem como de placas indicativas de sua localização nas vias de acesso aos equipamentos. O projeto recebeu 37 votos contrários e 1 favorável.
Leis sancionadas
O presidente sancionou duas leis que não foram apreciadas pelo Executivo no prazo regimental: a Lei 11.471, da desafetação de trecho de da Rua Gandu, no Bairro Jardim Atlântica, de autoria do Executivo; e a Lei 11.472, que concede reajuste de 10,57% na remuneração dos servidores da CMBH, tendo por base o valor do vencimento vigente em março de 2023. Ambas as leis serão publicadas no Diário Oficial do Município desta terça-feira (4/4).
Gabriel comentou que se a lei que revisa a remuneração dos servidores da Casa tivesse sido promulgada anteriormente, o reajuste já valeria para os vencimentos recebidos desde o primeiro dia útil de abril. Com a publicação no DOM desta terça, o servidor fará jus ao aumento a partir do dia 4 deste mês, a ser pago em maio. Ele explicou que o reajuste não impacta o bolso do cidadão de Belo Horizonte, uma vez que tem sido tradição da Câmara Municipal devolver dinheiro público para o Executivo.
Superintendência de Comunicação Institucional