ARTE E CULTURA

CMBH terá aula-show com trompetista na semana do Dia Internacional do Jazz

João Vianna vai contar a história do estilo musical e tocar clássicos do gênero; público poderá interagir e pedir músicas

segunda-feira, 14 Abril, 2025 - 13:15
João Vianna segurando instrumento musical, usando chapéu branco e camisa xadrez

Foto: Divulgação/João Vianna

Três coisas boas os Estados Unidos deram ao mundo, de acordo com o poeta e dramaturgo espanhol Federico Garcia Lorca: os arranha-céus, os cocktails e o jazz. Na semana em que o mundo celebra este inconfundível gênero musical, repleto de criatividade e improvisos (o Dia Internacional do Jazz é celebrado em 30 de abril), a Câmara Municipal de BH trará ao público interno, vereadores, servidores e cidadãos de modo geral uma aula-show com o trompetista João Vianna. Além de apresentar alguns dos clássicos do gênero, o músico vai contar um pouco sobre a história do jazz e sua importância cultural, explicar técnicas de trompete e proporcionar momentos de interação com a plateia. As apresentações devem ocorrer na quinta-feira (24/4), das 11h às 11h30, no Restaurante Popular; e das 12h às 12h30 no restaurante interno da CMBH (Heleno de Oliveira).

O evento foi intermediado pelo gabinete de Uner Augusto (PL). Embora a apresentação não integre o programa, o parlamentar foi nomeado, recentemente, presidente do Câmara Cultural. Pensada para difundir práticas e manifestações culturais relevantes para BH e sua população, a iniciativa pretende ainda refletir e contribuir para a preservação da memória da cidade e do patrimônio cultural belo-horizontino em suas múltiplas formas.

Aproximação do trompete e da música

Apaixonado pelo trompete desde os 12 anos, quando teve o primeiro contato com o instrumento, João Vianna acredita que, ao contrário do saxofone, que já está popularizado na sociedade, ainda há muito espaço para divulgação do trompete e seu potencial. Segundo o instrumentista, a aula-show na CMBH será uma oportunidade de ter contato mais próximo com um instrumento de orquestra. A intenção é tocar e difundir o jazz. "Falar um pouquinho sobre a minha vida musical e atender pedidos. É uma aula descontraída para a pessoa se aproximar do trompete e da música”, explicou.

Unindo pensamentos e emoções na pandemia

Nascido em uma família de músicos – seu avô, sua avó e irmã tocavam piano – João Vianna conheceu o trompete durante a infância, na escola municipal que frequentou. “Naquela época, as escolas tinham as tradicionais fanfarras”, relembra. Depois, teve sua formação musical no Conservatório Mineiro. Durante a pandemia, ao ver as pessoas isoladas em suas casas, começou a tocar da janela do seu apartamento. O som que enchia o quarteirão foi mais que bem recebido pela vizinha, que, de tanto gostar, começou a pedir músicas ao instrumentista. “O trompete é um instrumento que tem uma projeção de som muito grande. Então aquele fim de tarde agradável era um momento para todos se unirem de alguma forma”, conta.

O jazz no mundo e no Brasil

O jazz foi originado nos Estados Unidos, na região de New Orleans, mas se espalhou para o mundo inteiro. Caracterizado pelo improviso e espontaneidade na execução das notas, o estilo pode caminhar por outros gêneros, e mesmo uma Bossa Nova pode ser tocada como jazz. “Posso usar a harmonia de um estilo musical e tornar aquilo 'jazzístico' pela forma que a gente cria frases e explora as notas musicais”, explica João Vianna.

No Brasil, segundo o músico, o gênero se popularizou principalmente por causa da dança — especialmente o sapateado. Nas décadas de 1930 e 1940, filmes de Hollywood mostravam dançarinos que encantavam o mundo inteiro. A dança, que valoriza muito o improviso, hoje é conhecida como Lindy Hop. “A música tocada para acompanhar o sapateado, muitas vezes, era o jazz tradicional”, destaca o trompetista. 

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