AUDIÊNCIA PÚBLICA

Parlamentares vão debater implicações sociais decorrentes do racismo estrutural

Às vésperas de celebrar o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo, 13 de maio, Câmara realiza audiência pública

sexta-feira, 7 Maio, 2021 - 13:00

Foto: Mateus Velho Paka por Pixabay

Os maiores índices de analfabetismo, de menor escolaridade, de menor renda mensal e de maior taxa de desemprego são da população autodeclarada preta ou parda, segundo o IBGE. Esses dados refletem uma desigualdade social sistêmica e a urgência de implementar medidas afirmativas que precisam ser discutidas pela sociedade. Para debater os aspectos sociais relacionados ao racismo estrutural em Belo Horizonte, a Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor vai realizar uma audiência pública na próxima segunda-feira (10/5), às 13h30. A reunião, que ocorre em modalidade remota, será transmitida ao vivo pelo Portal CMBH e a população também poderá participar enviando perguntas e/ou sugestões, por meio de formulário digital já disponível

No requerimento em que solicitou a audiência à comissão, a vereadora Macaé Evaristo (PT) afirma que o “racismo estrutural e o preconceito de raça que ocorrem corriqueiramente e minam a dignidade humana de pessoas negras precisam ser discutidos para construção e implementação de ações que possam coibir tais atos”. Para ela, é necessário garantir o direito de igualdade aos cidadãos e os debates sobre racismo servem para manter a pauta sempre presente. 

Foram convidados para a audiência a secretária municipal de Assistência Social, Maíra Colares; a diretora de Políticas de Reparação e Promoção da Igualdade Racial, Makota Kisandembu; o presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, Gilberto da Silva Ferreira; a advogada e pesquisadora do tema “Racismo nas Relações de Trabalho”, Rayanna Fernandes de Souza Oliveira; a fundadora do Projeto Morro em Cena, Herlen Francisca Romão; a coordenadora nacional de Entidades Negras, Luana de Souza; a representante do Coletivo Mães que Choram, Shirley Batista de Souza Mardelino; o sócio fundador do Black to Black – Afro-Pub, Warley Roberto Moreira Barros; e a empreendedora fundadora do Instituto Todo Black é Power, Winnie Dandara Elias.

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