AUDIÊNCIA PÚBLICA

Protocolo para eventos climáticos extremos entra em foco na quarta (29)

Ondas de calor e precipitações intensas afetam saúde da população e ainda impactam serviços de energia, água e transporte 

segunda-feira, 27 Novembro, 2023 - 10:30

Foto: Paulo Pinto/Fotos Públicas

Os impactos dos eventos climáticos extremos na saúde da população e ainda na oferta de serviços de energia, água e transporte tem preocupado as autoridades. Nesta quarta-feira (29/11), a Comissão de Administração Pública deve debater a criação de um protocolo a ser adotado pelo Município quando da ocorrência de eventos extremos, como ondas de calor e precipitações intensas. O encontro, agendado para às 13h30, no Plenário Camil Caram, foi solicitado por Wagner Ferreira (PDT). A reunião será transmitida ao vivo pelo canal da Casa no YouTube. Perguntas, comentários e sugestões podem ser enviados desde já, por meio deste formulário.

Calor histórico

Ao justificar o pedido de audiência pública, Wagner Ferreira destacou que o aquecimento global está impulsionando e acentuando eventos climáticos extremos, a exemplo das recentes ondas de calor e das intensas precipitações que têm impactado várias cidades brasileiras. Em São Paulo, apontou o parlamentar, milhares de cidadãos ficaram sem acesso à energia, telefonia e até água por vários dias, após temporais atingirem o estado no início deste mês. Já em Manaus, a seca severa, que afetou os rios da região, associada às queimadas, implicou na classificação da qualidade do ar como ‘muito insalubre'.

Já em BH, salientou o parlamentar, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 25 de setembro, foi registrado 38,6°C, maior índice já registrado na série histórica, iniciada em 1910. “Os efeitos das mudanças climáticas têm um impacto significativo na saúde humana, sendo o estresse térmico uma das principais preocupações. Isso afeta especialmente as populações mais sensíveis que vivem em condições inadequadas”, destacou.

Trabalho ao ar livre e escolas

Ainda de acordo com Wagner Ferreira, os impactos na saúde dos trabalhadores tornam-se inevitáveis, especialmente para aqueles que desempenham suas funções em locais de pouca ventilação ou em espaços abertos, como os que atuam em atividades como varrição, manutenção de vias, serviços funerários, controle de tráfego, atendimento à população em situação de rua, entre outros. Além disso, “representantes dos profissionais da área da educação têm denunciado condições degradantes também nas escolas municipais, com ventiladores que não funcionam e telhados de plástico gerando alto calor dentro das salas de aula”, ressaltou.

Para o parlamentar, diante desse quadro, a criação de um protocolo pode contribuir para a minimização dos impactos negativos sobre a saúde pública, a infraestrutura e o meio ambiente. “Em primeiro lugar, fornece diretrizes claras e eficazes para os órgãos e entidades da Administração Pública, organizações de saúde e comunidades, permitindo uma resposta coordenada e rápida diante de condições climáticas extremas. Além disso, um protocolo bem elaborado pode contribuir para a identificação precoce de situações de risco, permitindo a implementação de medidas preventivas e a proteção de grupos mais vulneráveis”, defendeu.

Convidados

Foram convidados para o debate, entre outros, representantes das secretarias municipais de Governo; de Saúde; de Educação e de Obras e Infraestrutura, além da Defesa Civil e da Superintendência de Mobilidade. São esperados, ainda, dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel), do Sindicato dos Arquitetos de Minas Gerais (Sinarq), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) e de órgãos como Copasa e Cemig, além de representantes de movimentos da sociedade civil.

Superintendência de Comunicação Institucional