Regulação urbana

BHTrans será ouvida sobre novo prédio da Unimed

Segundo estudo apresentado pela Unimed, aumento de veículos será pouco expressivo

quinta-feira, 15 Setembro, 2011 - 00:00
Segundo estudo apresentado pela Unimed, aumento de veículos será pouco expressivo

Segundo estudo apresentado pela Unimed, aumento de veículos será pouco expressivo

Vereadores da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da Câmara Municipal devem promover uma nova audiência pública para aprofundar o debate sobre os impactos da construção de um novo prédio da Unimed para o trânsito do bairro Santa Efigênia, realizado nesta quarta-feira (15/9). Os parlamentares fizeram vários questionamentos e pretendem convocar a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) para analisar as medidas compensatórias apresentadas pela Unimed a fim de evitar problemas no tráfego.

As obras do novo empreendimento devem ter início em janeiro de 2012, na avenida Churchill.  O projeto prevê 100 consultórios e clínicas especializadas. De acordo com Alexandre Flores de Almeida, superintendente de Tecnologia da Informação e Novos Negócios da Unimed, o prédio vai complementar os serviços prestados pelo hospital pertencente à empresa, localizado na avenida do Contorno, na mesma região.

A Unimed contratou um estudo viário para avaliar os impactos da nova obra, conforme exigência da BHTrans. De acordo com Lívia Faria de Oliveira, analista de projetos da Tectran, empresa contratada pela Unimed, o estudo apresentado apontou que não haverá aumento expressivo de veículos no local. Ainda assim, a Tectran ficará responsável por monitorar a esquina das ruas Manaus e Álvares Maciel, a fim de avaliar a necessidade de instalação de semáforo no ponto.

O projeto apresentado pelos representantes da Unimed inclui melhorias como a revitalização do quarteirão da obra com rebaixamento de passeios. Lívia explicou que foram propostas no estudo outras intervenções, como a liberação de mais uma faixa de rolamento na avenida do Contorno por meio da proibição do estacionamento no horário comercial, o que facilitaria o acesso à avenida Churchill.

A Unimed chegou a revisar o projeto original, reduzindo o número de vagas de estacionamento interno de 507 para 279. Segundo Flores, essa pode ser uma das estratégias para valorizar o transporte público. “A região hospitalar é bem servida por ônibus. Acreditamos que os idosos deverão usar mais esse transporte”, explicou.

“Ao reduzir as vagas internas, vai-se aumentar a demanda por vagas externas de estacionamento”, criticou o vereador Leonardo Mattos (PV).

Via saturada

“Não estou convencido de que não haverá impactos no trânsito. Temos medidas para anular a decisão do Comam”, destacou o vereador Cabo Júlio, ao se referir à aprovação do empreendimento no Conselho Municipal de Meio Ambiente. O vereador, que requereu a Audiência Pública, lembrou que a avenida Churchil possui apenas uma faixa de rolamento. “Em horário de pico, ali não se passa de carro. O local já está saturado”, alertou.  

O vereador também questionou uma das alegações da Unimed de que o empreendimento não traria impactos uma vez que será frequentado por pessoas já usuárias de outro hospital localizado na mesma região. “O outro hospital tem muito mais margem de rolagem. A avenida do Contorno tem várias faixas”, criticou. 

As consequências da movimentação de veículos pesados durante as obras também preocupa os vereadores. De acordo com os representantes de Unimed, serão 5,3 mil viagens de caminhões que irão transportar 42 mil metros cúbicos de terra.

“Esse local já tem um estrangulamento viário e não comporta um empreendimento assim”, ressaltou o vereador Sérgio Fernando Pinho Tavares (PHS), destacando que será preciso repensar a obra.

Também participaram da reunião os vereadores Tarcísio Caixeta (PT) e Bruno Miranda (PDT), além do chefe de gabinete da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente, Saulo Ataide, que representou o titular da pasta, Antônio Sérgio Braga. Representando as empresas contratadas pela Unimed, marcaram presença Ana Lúcia Campante, diretora da Práxis Consultoria e os arquitetos Eduardo Mori e Cristiane Ferreira, ambos da D'Ávila Arquitetura. O assessor de Desenvolvimento da Unimed, Luis Fernando Rolim Sampaio, representou o presidente da empresa, Helton Freitas.

Audiências aprovadas

Na reunião da Comissão, também foi aprovada audiência pública a ser realizada no dia 27/10 para tratar da regulamentação da substituição de sacos e sacolas plásticas por similares ecológicos. Outra audiência aprovada vai debater, em data a ser definida, a obra de asfaltamento, abertura da rua e implantação de rede de esgoto nas antigas ruas 57 e 55, no bairro Nova York, requerida pelo vereador Iran Barbosa (PMDB).

Os vereadores ainda aprovaram o requerimento de Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB) de uma audiência sobre os impactos ambientais de uma obra na rua Custódio Carreira, no Calafate. Outro requerimento aprovado foi de Leonardo Mattos, para debater os investimentos do Plano Diretor de Drenagem na região Leste.

Superintendência de Comunicação Institucional