Vereadores definem prioridades na busca de internacionalização da Capital
Comissão que estuda o tema fez sua segunda reunião onde apresentou proposta de trabalho que visa investir em parcerias com outros países
Foto: Bernardo Dias/CMBH
Ajudar a inserir BH no cenário internacional. Este é o principal objetivo da Comissão Especial de Estudo – Assuntos Internacionais, que fez sua segunda reunião nesta segunda-feira (15/3) e definiu temas e projetos que devem fazer parte da pauta de atividades. Segundo Ciro Pereira (PTB), que preside a comissão, a ideia é escolher temas que priorizem parcerias internacionais entre BH e outras cidades do mundo. “Já me reuni com os cônsules de Portugal e Reino Unido. Acho importante fazermos essas reuniões em conjunto para trazer uma visibilidade maior para BH”, disse Ciro, enumerando algumas sugestões de ações a serem desenvolvidas pelo colegiado.
Entre as propostas apresentadas pelo presidente estão a promoção de reunião com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, Cláudio Beato; a realização de estudo técnico comparativo que priorize aptidões da cidade como a gastronomia; rodadas de conversa sobre internacionalização com a presença de empresários e representantes de multinacionais; verificação de possibilidade de fomento fiscal para empresas que queiram se instalar em BH; realização de feiras internacionais de negócios, além de levar a alunos de escolas públicas de BH o Mini ONU, projeto intercolegial que consiste na inserção de estudantes no ambiente das Relações Internacionais.
Mais propostas
Outros vereadores também apresentaram sugestões. Fernanda Pereira Altoé (Novo) sugeriu que BH se insira no Special Olympics, organização internacional criada para apoiar pessoas com deficiências intelectuais, desenvolvendo a confiança e aumentando a capacidade de relacionamento interpessoal. O Special Olympics realiza jogos mundiais de dois em dois anos. Por volta de 2,5 milhões de atletas de todas as idades em quase 200 países e territórios estão envolvidos nas competições que contam com 30 esportes em moldes olímpicos. A organização foi fundada em 1968 por Eunice Kennedy, irmã do ex-presidente estadunidense, John Kennedy.
Fernanda também sugeriu que a comissão trate de assuntos relacionados ao chamado Esporte de Aventura. “Há muitos ciclistas e motociclistas na cidade. É preciso trazer investimentos, pois temos potencial nessa área”, destacou a vereadora.
Redes internacionais
De acordo com Bruno Miranda (PDT), Belo Horizonte é uma cidade que investe intensamente em parcerias internacionais. Segundo o Portal Belo Horizonte, administrado pela Belotur, a Capital possui 17 Cidades Irmãs, entre elas Granada (Espanha), Nanjing (China), Belém (Cisjordânia) e Austin (EUA), primeira cidade irmã de BH. A construção de parcerias como o Cidades Irmãs é considerada importante em uma economia globalizada, pois promove o contato direto, sem intermediários, das administrações dessas cidades, criando intercâmbios educacionais e comerciais. “BH participa de muitas redes internacionais. Acho importante que possamos escutar os servidores que fazem viagens internacionais pela PBH”, destacou Miranda.
Para Nikolas Ferreira (PRTB), um caminho que também deve ser trilhado nessa direção pode ter a Organização dos Estados Americanos (OEA) como parceira. “Podemos investir no relacionamento com jovens de outras nacionalidades aqui das Américas. São jovens de outras cidades que podem mostrar a realidade deles e a gente conseguir exportar nossas ideias também. Vou coletar alguns dados para ver se conseguimos fazer essa ponte”, afirmou Nikolas, que é jovem embaixador da OEA.
Próximos passos
Todas as propostas levantadas pelos vereadores durante a reunião constarão de um relatório e serão debatidas com mais profundidade nos próximos encontros. A sugestão de organização foi dada por Jorge Santos (Republicanos), que é relator do colegiado.
A Comissão Especial de Estudo - Assuntos Internacionais foi criada por meio de requerimento assinado por 19 vereadores e pretende atuar na construção de parcerias internacionais que proporcionem o desenvolvimento econômico, técnico e tecnológico da Capital. Comissões especiais de estudo tem prazo de vigência da legislatura em que foi constituída, mas podem terminar os trabalhos antes do fim deste prazo. Antes do encerramento da comissão, o relator apresenta um relatório final que é a conclusão dos trabalhos do colegiado.
Formam a comissão Ciro Pereira, Jorge Santos, Fernanda Pereira Altoé, Bruno Miranda e Nikolas Ferreira. São suplentes Wanderley Porto (Patri), Braulio Lara (Novo), José Ferreira (PP), Rogerio Alkimim (PMN) e Rubão (PP). A comissão se reúne na terceira e na quarta segundas-feiras do mês, às 11h, no Plenário Camil Caram.
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Superintendência de Comunicação Institucional