EDUCAÇÃO

Dados da Prefeitura sobre matrículas escolares serão questionados em audiência

Secretária de Educação é convocada para prestar esclarecimentos sobre programas Escola Aberta, Escola Integrada e Socioeducativo

quinta-feira, 25 Agosto, 2022 - 16:15
Na tela de um computador há uma caneta em cima de um bloco de anotações e um tablete, ambos apoiados em um um gráfico com linhas azul, vermelha e cinza que se alternam subindo e descendo

Pixa bay/ Claudio Rabelo

A discrepância nos dados do Executivo sobre as matrículas na Rede Municipal de Ensino e a falta de detalhamento sobre as matrículas e vagas no Ensino Integral levaram a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo a aprovar, nesta quinta-feira (25/8), solicitações de esclarecimentos por parte da PBH. Os requerimentos serão encaminhados ao presidente da Comissão de Orçamento e Finanças Públicas que deverá apresentar os questionamentos ao Executivo. O colegiado também deu aval para a convocação da secretária municipal de Educação Ângela Dalben e do secretário municipal adjunto de Educação, Marcos Alves, com o objetivo de prestarem esclarecimentos sobre o Programa Escola Aberta e a situação da escola em tempo integral em BH. Requerimento questionando o Executivo sobre o embasamento técnico-jurídico que permitiria às diretorias das instituições de ensino definirem acerca da obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas também foi aprovado.

Matrícula e vagas na  Educação

A pedido de Marcela Trópia (Novo), a comissão aprovou pedido de envio de ofício, destinado ao presidente da Comissão de Orçamento e Finanças Públicas, Professor Claudiney Dulin (PSD), solicitando que a PBH seja questionada sobre as divergências apresentadas nas prestações contas que tratam de matrículas na rede municipal de ensino. Segundo o requerimento, há uma diferença de mais de 11 mil estudantes matriculados entre os dados apresentados pela PBH no segundo e no terceiro quadrimestre de 2021. Além disso, também foi observada uma diferença de mais de quatro mil matrículas entre fevereiro e maio de 2022, ou seja, no primeiro e no segundo quadrimestre deste ano.

A comissão quer saber qual o total de alunos matriculados na rede municipal de ensino de Belo Horizonte nos anos de 2020, 2021 e 2022 e qual o total de alunos que abandonaram e/ou evadiram da rede municipal de ensino no ano de 2022. Os dados devem ser apresentados por etapa educacional (Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA).

Também a pedido de Marcela Trópia, a comissão aprovou o envio de ofício ao presidente da Comissão de Orçamento e Finanças Públicas solicitando que seja questionado à PBH o total de vagas e de alunos matriculados no ensino integral na rede municipal de ensino de BH nos anos de 2020, 2021 e 2022, divididos por etapa educacional (Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA). Os parlamentares também querem saber o tamanho da fila de espera para para essas modalidades e qual o planejamento de expansão para as vagas de ensino integral na capital. Marcela Trópia justificou que as informações são imprescindíveis para fomentar ações dos vereadores na revisão do PPAG e em emendas à LOA.

A PBH deverá responder aos questionamenots em audiência de prestação de contas referente ao 2º quadrimestre do ano a ser realizada no dia 28 de setembro, no Plenário Camil Caram, às 10 horas.

Escola Integrada e uso de máscaras 

O colegiado acatou o pedido de Léo (União) para convocar a secretária municipal de Educação Ângela Dalben e o secretário municipal adjunto de Educação, Marcos Alves, a prestarem esclarecimentos pessoalmente sobre o Programa Escola Aberta e a situação da escola em tempo integral no município, especificamente sobre os programas Escola Integrada e Socioeducativo. A reunião está marcada para o dia 22 de setembro, às 13h.

Ainda durante a reunião, os vereadores endossaram o pedido de Nikolas Ferreira (PL) para questionar o prefeito e as secretarias municipais de Educação e de Saúde, sobre a legislação que permite às direções escolares definirem pelo uso ou não da máscara dentro das unidades educacionais. O grupo quer saber qual o embasamento legal usado pela Secretaria Municipal de Educação para permitir que as diretorias das instituições de ensino definam matéria referente à proteção da saúde pública. Eles questionam se não caberia exclusivamente à Secretaria Municipal de Saúde definir e analisar, baseado nos estudos técnicos e epidemiológicos, acerca da necessidade do uso de máscara pela população; e qual o embasamento técnico-jurídico lastreia esse posicionamento da Secretaria Municipal de Educação de permitir que as diretorias das instituições de ensino definam acerca da obrigatoriedade do uso de máscaras.

Superintendência de Comunicação Institucional 

27ª Reunião Ordinária - Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo