Pessoas com deficiência têm dificuldade de chegar a centros de saúde
Após cobranças de parlamentares e usuários, PBH se comprometeu a melhorar acessibilidade a Centros de Saúde Campo Alegre e São Bernardo
Foto: CMBH
Os acessos aos centros de saúde da capital deveriam permitir que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida adentrassem nesses equipamentos públicos com facilidade e sem ajuda de terceiros. Isso não é o que ocorre, contudo, nos Centros de Saúde Campo Alegre e São Bernardo, de acordo com o depoimento de usuários dessas unidades. Em audiência pública da Comissão de Saúde e Saneamento, ocorrida nesta quinta-feira (13/6) por solicitação de Loíde Gonçalves (MDB), a PBH se comprometeu a rebaixar calçadas e adotar ações para melhorar a acessibilidade nas unidades de saúde localizadas na Região Norte da capital.
De acordo com relatos de usuários e da vereadora Loíde Gonçalves, o Centro de Saúde São Bernardo, apesar de ser internamente acessível, não tem, em seu entorno, passeios que atendam às necessidades de cadeirantes. Na atual situação, os cadeirantes não conseguem acessar a calçada da unidade de saúde sem o auxílio de terceiros. Postes no meio da calçada também prejudicam a chegada até o equipamento público. “Não são coisas difíceis de resolver”, apontou Loíde.
A falta de acessibilidade no caminho até o Centro de Saúde Campo Alegre também é um problema, principalmente para idosos e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Aqueles que dependem das cadeiras de rodas para se locomover estão entre as pessoas com mais dificuldade para se deslocar pelas calçadas das vias que dão acesso à unidade de saúde em decorrência da falta de acessibilidade. Outra demanda referente ao Centro de Saúde Campo Alegre diz respeito à linha de ônibus 66, que circula na região. Usuários demandam que haja um ponto de embarque e desembarque mais próximo da unidade de saúde.
Atendimento às demandas
No que diz respeito aos passeios, a representante do Poder Executivo, Naélia Portugal de Souza, explicou que a PBH segue o que dispõe o Código de Posturas. No caso do Centro de Saúde Campo Alegre, ela informou que a travessia será pela esquina da Rua das Cotovias, cujas calçadas serão rebaixadas. Ainda de acordo com ela, a faixa de pedestres já foi implementada; já a intervenção necessária ao rebaixamento da calçada será realizada nos próximos dias. “Não posso forçar o cadeirante a fazer o percurso pela rua, ele tem que fazer o percurso pelo passeio, é uma questão de segurança”, destacou Naélia Portugal de Souza ao explicar a escolha do local que terá o meio-fio rebaixado para acesso de pessoas com deficiência. Ela também apontou que a rua onde está o Centro de Saúde Campo Alegre é muito inclinada, impedindo a instalação de uma rampa. Quanto aos postes e placas de sinalização vertical nos passeios do entorno dos centros de saúde, Naella apontou que será solicitado o remanejamento dos mesmos junto aos órgãos competentes, de modo a melhorar a acessibilidade. A demanda relativa ao ponto de embarque e desembarque de ônibus também será analisada pela PBH.
Ela também explicou que o cadeirante em veículo automotor pode realizar seu embarque e desembarque dentro do estacionamento do centro de saúde, bastando, para isso, fazer a solicitação a um funcionário da unidade. Ela explica que os equipamentos construídos nos últimos anos, por meio de parcerias público-privadas (PPPs), contam com vaga específica para embarque e desembarque de idosos, cadeirantes e outras pessoas com problema de locomoção.
Naella também destacou que as demandas trazidas na audiência são muito bem-vindas, pois possibilitam estudos e tomada de ações por parte da PBH para a solução dos problemas. Em relação à acessibilidade externa ao Centro de Saúde Campo Alegre, Naella aponta que a questão deverá ser totalmente solucionada; já em relação ao Centro de Saúde São Bernardo, ela explica que serão necessários mais estudos para que todas as demandas dos usuários sejam contempladas.
Diante das respostas de Naélia, Loíde destacou seu contentamento por perceber que a PBH está atenta às questões de acessibilidade. Diante do anúncio de estudos e intervenções que deverão atender aos usuários das unidades de saúde, a parlamentar classificou a audiência como “muito produtiva”.
Helinho da Farmácia (PSD) destacou ser “inadmissível” que um meio-fio de passeio de centro de saúde não esteja rebaixado para garantir acesso a cadeirante e a pessoas com mobilidade reduzida. Ao salientar a importância de visitas técnicas e audiências públicas promovidas pelos vereadores, ele lembrou que a falta de ar condicionado em unidades de saúde foi um dos temas debatidos pela Câmara e que obteve solução.
Cláudio do Mundo Novo (PL) destacou que reivindicações relacionadas a centros de saúde costumam estar entre aquelas que mais mobilizam os cidadãos, inclusive no que diz respeito à acessibilidade a esses equipamentos públicos. Diante disso, ele se colocou à disposição para auxiliar na solução dos problemas relatados.
Superintendência de Comunicação Institucional