EDUCAÇÃO E CULTURA

Escolas municipais: salas multissensoriais não estariam cumprido seus objetivos

Visitas às unidades com os equipamentos foram iniciadas. Feira Hippie e Carnaval 2025 também estiveram em pauta na Comissão

 

quarta-feira, 12 Março, 2025 - 14:45
Sala multissensorial, com jogo de xadrez gigante

Foto: Cristina Medeiros/CMBH

Instaladas nas escolas municipais para atender crianças atípicas, as salas multissensoriais não estariam cumprindo seus objetivos. Esse foi o relato trazido durante reunião da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, realizada na manhã desta quarta-feira (12/3), na Câmara Municipal de Belo Horizonte. A revelação foi feita pela presidente do colegiado, Professora Marli (PP), que vem realizando uma série de vistorias aos espaços, após denúncias de uso inadequado. Segundo a parlamentar, em uma das salas visitadas não há atividade desde outubro do ano passado. Entre os requerimentos aprovados, 13 tratam das vistorias que ainda devem ocorrer. A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades, conhecida popularmente como Feira Hippie, e o Carnaval 2025 também estiveram entre os assuntos tratados pelos parlamentares. A comissão solicitou o leiaute da feira da Afonso Pena, lembrando que há um diálogo sobre espaços que seriam destinados a manifestações culturais, como as rodas de capoeira e exposição de artesanato indígena. Já sobre o Carnaval 2025, foi apresentada a lista de convidados da audiência pública que será realizada na próxima quarta-feira (19/3), para fazer um balanço da folia na cidade. Confira o resultado completo da reunião.

Uso para descanso ou diversão

As visitas técnicas iniciadas pela comissão às salas multissensoriais foram aprovadas em meados do mês passado. Na ocasião, Professora Marli contou ter recebido denúncias de que o ambiente estaria servindo de local de descanso para funcionários ou para a diversão de alunos que não se enquadram no público-alvo, que deveria ser formado por crianças com doenças raras, deficiência ou inseridas no Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Cada regional conta com três salas do tipo e o objetivo é ofertar estímulo ao aprendizado e à socialização das crianças. Duas unidades já foram visitadas pela comissão e a situação, segundo Professora Marli, é de tristeza. “Participei, junto com o prefeito Fuad, da inauguração da primeira sala. Ontem, vimos que o objetivo não vem sendo cumprido”, contou, sobre visitas ocorridas nas escolas municipais Marconi e Santo Antônio.

Encaminhamentos 

Foram aprovados ajustes nos horários de visitas e as próximas unidades a receberam os parlamentares são: E.M. Agenor Alves de Carvalho; EM Professora Eleonora Pieruccetti; EM Professor Hilton Rocha; EM Ensino Especial do Bairro Venda Nova; EM Aires da Mata Machado; EM Professor João Camilo de Oliveira Torres; EM José Maria dos Mares Guia; EM Pedro Aleixo; EM Prefeito Aminthas de Barros; EM Mestre Ataíde; EM Professora Alice Nacif; EM Moisés Kalil; e EM Geraldo Teixeira da Costa. De acordo com Professora Marli, após verificar as necessidades de cada uma das 27 unidades existentes, serão feitos encaminhamentos aos órgãos responsáveis. 

Feira Hippie

A Prefeitura de BH deverá enviar à comissão o leiaute da Feira Hippie. Solicitação feita por Cida Falabella (Psol) pede dados sobre o Programa de Requalificação - Centro de Todo Mundo, em específico sobre a Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades. Segundo a vereadora, novo arranjo para os locais das barracas foi feito após a pandemia de Covid-19, mas propostas sobre espaços destinados às rodas de capoeira e à exposição de produtos de arte indígena ainda não se tornaram ações concretas. O pedido de informações é dirigido ao prefeito em exercício, Álvaro Damião, à Subsecretaria de Regulação Urbana e à Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. Na comissão, ao debater o requerimento, Cida contou que os interesses dos grupos de artesãos indígenas por vezes entram em choque com os dos feirantes, mas que se trata de uma manifestação popular legítima. “Então, queremos saber como será esse diálogo”, afirmou. Os órgãos têm 30 dias para enviarem as respostas.

Carnaval 2025

A lista de convidados da audiência pública que debaterá o Carnaval 2025 também foi aprovada na comissão. Apresentado por Cida Falabella, o documento lista 14 órgãos e entidades que devem enviar representantes para o debate, entre elas Belotur; Secretaria Municipal de Cultura; Secretaria de Segurança e Prevenção; e Polícia Militar de MG. “É uma lista grande que inclui representantes dos catadores de recicláveis, dos ambulantes, das escolas de samba, dos blocos caricatos, bloquinhos, blocões e foliões. Esperamos fazer uma belíssima audiência”, destacou.

O encontro, que fará um balanço do Carnaval na capital mineira, deve ocorrer na próxima quarta-feira (19/3), às 9h15, no Plenário Helvécio Arantes. O debate é aberto para ampla participação da população e pode ser acompanhado ao vivo pelo canal da CMBH no YouTube.

Superintendência de Comunicação Institucional

Audiência pública para discutir sobre a paralisação dos trabalhadores terceirizados da educação municipal, realizada no dia 24 de fevereiro de 2025. 4ª Reunião Ordinária - Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo