Obras do Anel Rodoviário ainda dependem de empréstimo e de convênio

Com a municipalização do Anel Rodoviário, foram realizadas na via algumas melhorias relacionadas à manutenção. Faltam, no entanto, definições concretas sobre as obras para ampliação da faixa de tráfego sob o pontilhão da linha férrea, entre os bairros das Indústrias e Vista Alegre, que poderiam reduzir congestionamentos na região. A avaliação foi feita pelo vereador Irlan Melo (Republicanos) durante audiência realizada pela Comissão de Mobilidade Urbana, Indústria, Comércio e Serviços nesta quinta-feira (27/11), a pedido do próprio parlamentar. “O Anel Rodoviário está sendo recapeado, está tendo zeladoria, que não havia antes, e temos também a área de escape. Mas persiste o problema do pontilhão. Quem vai resolver?”, cobrou. Irlan pretende fazer uma convocação para que um representante do Governo de Minas participe de uma nova audiência sobre o tema, prevista para fevereiro. Participaram do encontro representantes da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap); da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A (BHTrans); e da Subsecretaria de Zeladoria Urbana. 

Tratativas para as obras

Logo no início da reunião, Irlan Melo perguntou aos participantes como está o andamento das tratativas com o governo mineiro e com o Metrô BH em relação à ampliação da faixa de tráfego sob a linha férrea. Segundo ele, a intervenção é fundamental para diminuir congestionamentos na região.  

O diretor de Gestão do Anel Rodoviário, Fernando de Oliveira Pessoa – que também estava representando a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e a BHtrans – afirmou que está sendo elaborado convênio entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo de Minas para permitir repasse de recursos ao Metrô BH a fim de viabilizar a derrubada do atual pontilhão da linha férrea e a construção de um novo. “A remoção de algumas famílias será necessária”, disse. Segundo ele, a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel) está fazendo um levantamento para definir quais famílias precisarão ser removidas e posteriomente reassentadas.

Empréstimo

Irlan Melo perguntou sobre o empréstimo de R$ 1 bilhão para as obras do novo Anel Rodoviário, em financiamento anunciado em outubro pela PBH junto ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics. O acordo financeiro foi firmado em Xangai, na China, onde o prefeito Álvaro Damião se reuniu com a presidente da instituição, a ex-presidente da República Dilma Rousseff.

Fernando explicou que está sendo elaborado um projeto de lei autorizativo para permitir a tomada desse empréstimo, que ainda será encaminhado à CMBH. O recurso será aplicado em obras na intercessão da Avenida Amazonas com o viaduto da Teresa Cristina; na praça São Vicente; e no alargamento do viaduto São Francisco, segundo o diretor de Gestão do Anel Rodoviário.

Fabiana de Castro Razo, engenheira da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), disse que a entidade ainda não recebeu nenhuma ordem para iniciar obras no trecho do pontilhão. “O que temos hoje são intervenções na Via Expressa e licitação aberta para substituição de três passarelas do Anel Rodoviário.” Segundo Fabiana, é feita uma reunião quinzenal para tratar dos temas relacionados ao Anel.

Hugo Melo, da Gerência de Manutenção e Conservação do Anel Rodoviário, também disse que não tem informações sobre projetos ou obras relacionadas ao pontilhão. "Em fevereiro sairá edital para manutenção e conservação do Anel”, falou.

Encaminhamentos

Irlan Melo anunciou que fará requerimento de nova audiência, provavelmente para fevereiro, e também pedidos de informação direcionados ao Governo de Minas e ao Metrô BH sobre o funcionamento da Linha 2 e possibilidade de alargamento da pista do Anel, sob o pontilhão da linha férrea. “Nós temos que ter um Anel Rodoviário apto a ser usado e que as pessoas não corram risco de vida”, afirmou o parlamentar.

Superintendência de Comunicação Institucional