Comissão discute saneamento de córrego e abertura de via no Bairro Palmeiras
Moradores querem revitalização do Ponte Queimada
Comissão discute saneamento do Córrego Ponte Queimada e abertura de via no Palmeiras
A Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana realizou hoje (quarta-feira, 20/3) audiência pública para discutir o processo de saneamento do Córrego Ponte Queimada e a posterior abertura da Rua Henrique Badaró Portugal, no Bairro Palmeiras, na região Oeste de Belo Horizonte.
O requerente da audiência, vereador Leonardo Mattos (PV), lembrou que a Câmara Municipal já realizou audiência pública para discutir o assunto em novembro do ano passado, quando a Copasa afirmou que suspendeu os trabalhos em função de encerramento de convênio com a Companhia Urbalizadora de Belo Horizonte (Urbel). “Também fizemos emendas ao Orçamento Participativo desde 2010 para ajudar na obra, e os recursos ainda não vêm sendo utilizados”, acrescentou.
A presidente da comissão, Elaine Matozinhos (PTB), reforçou o compromisso dos vereadores com o caso: “A comissão vai ser incansável para que a situação seja resolvida”. O vereador Vilmo Gomes (PTdoB), que reside no Bairro Palmeiras, afirmou que a prioridade dele para a região Oeste é a urbanização e abertura da Rua Henrique Badaró Portugal. “Melhora a vida dos moradores, e melhora em 70% a questão do congestionamento”, garantiu.
A questão de cobertura de córregos foi levantada pelo vereador Arnaldo Godoy (PT), que apresentou projeto de lei proibindo que córregos de Belo Horizonte sejam cobertos. "Faz mal ao meio ambiente, à saúde, à cidade. A gente tem de fazer um movimento na Câmara para impedir essa ação, que no mundo inteiro está se revertendo”, defendeu.
O representante dos moradores do Bairro Palmeiras, Reginaldo Silva, afirmou que a comunidade também é a favor da revitalização e questionou: “As pessoas pagam imposto caro e não têm melhorias. Convivem com mau cheiro e o caça-esgoto não foi finalizado”. Ele lembrou também o problema da violência na região, porque a rua a ser finalizada é sem saída, e seria ponto de uso de drogas e assaltos.
Compromisso da PBH
O coordenador-executivo do Programa Drenubs, Ricardo de Miranda Aroeira, representando a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), garantiu que o córrego não será coberto, mas revitalizado. Ele afirmou que a Prefeitura está fazendo projeto executivo, cujo escopo é o saneamento dos córregos Cercadinho e Ponte Queimada (o Ponte Queimada é afluente do Cercadinho) e tratamento de fundo de vale. O projeto, ainda sem recursos previstos, tem prazo de conclusão para o início do próximo ano e inclui remoções de famílias no entorno dos córregos onde há risco de inundações, contenção das margens, aumento da vazão de bueiros e travessias. Aroeira disse que a parte da obra referente à interceptação de esgotos e encaminhamento à estação de tratamento (ETE) é responsabilidade da Copasa e está sendo feita por ela.
Questionado por moradores sobre o andamento das obras, o analisa de saneamento da Copasa, Emerson Ricardo Garcia, reconheceu que os trabalhos estão "em ritmo lento”. Segundo ele, não há tantas frentes de serviço para serem executadas, mas há problemas de remoção de pessoas, o que torna as ações mais demoradas. Garcia disse ainda que as obras têm prazo de término até dezembro de 2013.
A gerente de Manutenção Oeste da Prefeitura, Maria Ângela de Carvalho, disse que o órgão já levantou problemas na rede de drenagem e contenção do córrego Ponte Queimada e está aguardando novo contrato, já licitado, para continuar contenções e, ainda, que a manutenção de capina está sendo feita. Falou também sobre o trabalho da Zoonozes na profilaxia de ratos e insetos (problema levantado por vários moradores).
Ao final da audiência, a vereadora Elaine Matozinhos sugeriu requerimento para que seja aprovada na próxima reunião da comissão uma visita técnica dos vereadores ao local.
Superintendência de Comunicação Institucional