Demora nas obras do Viaduto das Almas é questionada em Plenário

{mosimage}A inauguração do elevado que vai substituir o Viaduto Vila Rica, mais conhecido como Viaduto das Almas, na BR-040, foi adiada pela sétima vez, no último dia 28. O DNIT anunciou nova licitação para resolver problemas de estabilização de uma encosta. Na reunião plenária do dia 10 de agosto, o vereador Paulinho Motorista (PSL) lamentou a paralisação das obras.

A previsão do DNIT é que a entrega do viaduto deva acontecer em maio do ano que vem. “Enquanto o novo elevado não fica pronto, os motoristas que trafegam por uma estreita faixa de mão dupla continuam correndo risco de sofrerem acidentes. Tenho muitos colegas motoristas que não agüentam mais essa situação”, comentou o vereador do PSL.

O novo processo licitatório representa aumento de cerca de 70% nos valores desembolsados pelo governo federal para a construção da variante. Com 3,6 quilômetros de extensão, o acesso custou R$ 19,5 milhões, e será necessário investir mais R$ 13,9 milhões para conter a encosta.

Para Paulinho Motorista, uma ‘falha’ no projeto de obras ocasionou o problema, que agora demanda mais gastos por parte do poder público. “É um lamentável exemplo de mau uso do dinheiro público”, acrescentou.

Acidentes

O novo elevado, batizado como Viaduto Márcio Rocha Martins, substituirá o temido Vila Rica e tem como principais características ser reto e largo. O antigo pontilhão, por onde trafegam cerca de 15 mil veículos diariamente, foi construído na década de 1950 para ser o “charme” da antiga BR-3.

Mas o traçado em curva acabou por ser o ponto crítico motivador de vários acidentes. Além disso, a ponte tem só nove metros de largura e uma faixa em cada sentido, o que põe em risco motoristas que se cruzam numa altura superior a 30 metros. Já o novo elevado tem 21 metros de largura.

Vila UFMG

Durante a reunião plenária, o vereador Adriano Ventura (PT) falou sobre a remoção de moradores da Vila UFMG em função das obras de duplicação e revitalização da Av. Antônio Carlos. Serão construídas duas alças no cruzamento entre Antônio Carlos e Abrahão Caram, visando facilitar o acesso ao Mineirão durante a Copa do Mundo de 2014.

Cerca de 60 famílias ocupam o terreno próximo à Universidade e os moradores temem não serem indenizados e não terem para onde ir. “Precisamos acompanhar a situação dessas famílias, para que a Prefeitura faça uma negociação justa e indenize os moradores com valores de mercado correspondentes à região, que é muito valorizada”, defendeu Ventura.

O assunto já foi discutido em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, realizada no dia 24 de maio. Na ocasião, a Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (URBEL) informou que estava avaliando, com base nas benfeitorias, o valor dos imóveis construídos no local. O representante da empresa explicou que os donos de imóveis avaliados em até R$ 20 mil poderiam indicar à Prefeitura outro imóvel, no mesmo valor, para ser adquirido, conforme critérios definidos pela própria PBH.

Confira o discurso dos vereadores

Responsável pela Informação: Superintendência de Comunicação Institucional.