Programas debatem lentidão da justiça e doulas nas maternidades
Câmara Debate e Câmara Entrevista estreiam respectivamente nesta quinta e sexta-feira, às 18h
Câmara Debate e Câmara Entrevista estreiam respectivamente nesta quinta e sexta-feira, às 18h, no Canal 11 da Net/Oi
Todos nós conhecemos pelo menos um caso em que a justiça levou anos, ou mesmo décadas, para concluir um processo. Por que isso acontece com tanta frequência? Insegurança e dores durante o trabalho de parto também já foram e serão experimentadas por muitas mulheres, acompanhadas ou não por seus companheiros, sensações que podem ser amenizadas pela presença de uma doula. A morosidade da justiça em Minas Gerais e a presença dessas profissionais para apoiar as parturientes nas maternidades da capital são abordados nos programas Câmara Debate e Câmara Entrevista desta semana, que estreiam respectivamente nesta quinta (25/9) e sexta-feira (26/9), às 18h, na TV Câmara (canal 11 - NET e OI TV).
Com quase 2,4 milhões de processos em tramitação nas 296 comarcas do estado, a justiça mineira vive hoje, na avaliação de advogados e magistrados, uma realidade preocupante. De acordo com levantamento feito pela OAB-MG sobre os entraves da justiça mineira, os maiores gargalos seriam a falta de infraestrutura, de servidores e iniciativas de conciliação. Problemas como déficit de juízes, concentração de processos e recursos em determinadas comarcas, excesso de burocracia, falta de pessoal e orçamento reduzido estariam entre as deficiências que geram lentidão nos processos em Minas Gerais, que na última década observou um crescimento de 100% na demanda.
Para discutir a questão e apresentar sugestões de melhorias para o setor, o Câmara Debate desta semana reúne o defensor público e assessor institucional da Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais, Nikolas Macedo Katopodis, o desembargador da 11ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Alexandre Santiago, o advogado e coordenador científico do fórum de prestação jurisdicional da OAB-MG, Rodolfo Viana e a advogada especializada na área de saúde, com atuação nas varas cível e de fazenda, Regina Ribeiro.
O Câmara Debate estreia nesta quinta-feira (25/9) às 18h, com reprises no sábado e na terça-feira no mesmo horário e no domingo, segunda, quarta e sexta-feira às 6h30.
Doulas nas maternidades
Você já ouviu falar em doula? O que é e o que faz essa profissional? Desde os primórdios da humanidade, o conhecimento acumulado pela experiência sempre foi utilizado para auxiliar as mulheres na hora do nascimento de seus filhos. Mães, sogras, tias e irmãs mais velhas se encarregavam de orientar e dar apoio psicológico e emocional à parturiente.
Com a hospitalização do parto, apesar da maior segurança técnica, os procedimentos assumiram um caráter impessoal e as mulheres, desenraizadas e isoladas, perderam esse apoio psicossocial. Segundo especialistas, essa lacuna pode e deve ser preenchida pela doula, ou acompanhante do parto, que se encarrega de suprir essa demanda afetiva. Além disso, a doula também ajuda a mulher a se sentir bem, propõe posições diferentes para que se sinta mais confortável e ajuda no alívio da dor através de massagens, técnicas de respiração e relaxamento.
Mesmo com o reconhecimento da profissão e de sua importância, a entrada dessas profissionais ainda não é permitida em muitos hospitais e maternidades do país. Na Câmara Municipal, projeto de lei garante a permissão da presença de doula escolhida livremente pela parturiente nos estabelecimentos localizados no município. Para debater o assunto, o Câmara Entrevista recebeu a pediatra, doutora em Saúde Pública e coordenadora da comissão perinatal da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Lansky; o obstetra Hemmerson Magioni; a doula voluntária Ester Kac; e o médico e vereador Doutor Sandro, autor da audiência pública que debateu a questão.
O Câmara Entrevista estreia nesta sexta-feira, às 18h, e tem reprises no domingo, segunda e quarta-feira no mesmo horário e no sábado, terça e quinta-feira às 6h30.
Superintendência de Comunicação Institucional