Comunidade do Grajaú quer revitalizar pequena área verde local
Batizada pelos moradores como “Nosso Bosque”, a área está em terreno de aclive, ao final da Rua Canaã
Foto: Rafa Aguiar/ CMBH
Perdido entre ruas íngremes e muitos prédios, em um bairro bastante adensado como o Grajaú (Região Oeste da capital), o "Nosso Bosque" é uma pequena faixa de terra, gramado e arbustos, em aclive acentuado, mas que serve de grande respiro aos moradores do entorno. No entanto, sem a adequada iluminação e limpeza, a área tem se tornado local de descarte de entulhos e dejetos sanitários. Em visita técnica ao local, na manhã desta quinta-feira (31/8), a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana avaliou a situação e cobrou da prefeitura rotina de manutenção do espaço.
Batizada pelos moradores como “Nosso Bosque”, a pequena área está ao final da Rua Canaã, próxima ao número 560, e se estende até a altura da Rua Armindo Chaves. Com alguns bancos instalados e bastante sombra, o espaço parece adequado e agradável para atividades de lazer e descanso, no entanto, o mato alto, o lançamento de dejetos e a iluminação precária criam riscos e afastam os usuários.
“Fazia mais de um ano que o local não era varrido ou tinha qualquer tipo de manutenção”, denunciou a moradora e ambientalista, Elizabeth Oliveira, destacando que a área foi limpa somente na última terça-feira, às vésperas da visita técnica anunciada. “Estava cheio de entulho, bancos quebrados, restos de vasos sanitários, roupas e lixo. E o pior é que vieram limpar, mas retiraram também as folhas caídas que protegiam o solo”, relatou a moradora, alertando para necessidade de se pensar a limpeza urbana associada às políticas ambientais. A ambientalista explicou que, uma vez que o solo ali está bastante seco, sem gramado vivo, é essencial a permanências das folhas que caem das árvores para garantir umidade na terra.
Encaminhamentos
A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) esclareceu que o trecho não é considerado via pública e, portanto, não está incluído na escala de varrição do bairro. A área é atendida por outra equipe de limpeza, de caráter volante, que atende a toda a Região Oeste e ao Barreiro, de forma intercalada, sendo uma semana em cada lugar. Diante da limitação da equipe e da abrangência da área de atuação, a limpeza do “bosque” não consegue ser realizada com regularidade. O órgão garantiu, no entanto, que a retirada de deposições clandestinas (entulhos e lixos) tem cobertura diária e pode ser solicitada pelos moradores por meio do BH Resolve (telefone 156 ou aplicativo online).
Coordenador de Administração Regional Municipal Oeste, Gelson Leite reconheceu a demanda dos moradores e solicitou à SLU que avalie a possibilidade de considerar o trecho como via e incluí-lo no mapa de varrição, uma vez que é a continuação da Rua Canaã, utilizada por pedestres, apenas inviável para veículos. O gestor acionou também a Fundação de Parques Municipais para que seja feito um estudo do solo e de possível vegetação de cobertura a ser cultivada no local, uma vez que a grama não estaria sobrevivendo à sombra constante e à falta de umidade.
Gelson Leite ponderou, no entanto, que “o local não está degradado. É um espaço privilegiado para os moradores que vivem por aqui. Não será tratado como prioridade pela prefeitura”, completou o gestor, propondo que a comunidade acione os comerciantes locais para cuidar da área por meio do Programa Adote o Verde.
Autor do requerimento para a visita, o vereador Cláudio da Drogaria Duarte (PMN) anunciou que vai requerer o estudo de qualidade e origem de uma pequena mina d’água encontrada nas proximidades do “bosque”, que tem sido lançada no sistema de captação de água pluvial. O parlamentar se comprometeu ainda a auxiliar a comunidade na revitalização da pintura da escadaria e dos bancos junto à Administração Regional.
Superintendência de Comunicação Institucional
[flickr-photoset:id= 72157686006755983,size=s]