Comissão vai fiscalizar manejo de capivaras na orla da Pampulha

O registro recente de novos casos de febre maculosa na capital, transmitida pelo carrapato-estrela comumente hospedado em capivaras que habitam a região do Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego, às margens da Lagoa da Pampulha, tornou necessária a retomada urgente do manejo desses animais por parte da Administração Municipal. Para obter informações e fiscalizar as ações anunciadas pela Prefeitura sobre a questão, a Comissão de Saúde e Saneamento realizará uma visita técnica ao local nesta sexta-feira (17/11), a partir das 9h. A atividade terá início na portaria do parque, situado à Av. Otacílio Negrão de Lima, 7111, e deverá ser acompanhada por representantes da PBH. 

Em fevereiro deste ano, Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público concedeu prazo de dois anos à Secretaria Municipal de Meio Ambiente para apresentação de um cronograma e efetivação das ações de controle dos animais, eliminando o risco de novos casos da doença. Pelo acordo, o manejo técnico-populacional deveria ser feito em cativeiro, atendendo às necessidades das capivaras, que posteriormente seriam soltas novamente. “O grande avanço foi o entender que não são as capivaras que causam a febre maculosa, e sim os carrapatos. Elas voltarão para seu hábitat natural, porque integram a paisagem cultural da orla”, afirmou a um jornal local a promotora de Defesa do Meio Ambiente, Lílian Marotta.

Na ocasião, a pasta anunciou que o processo – que inclui a captura, esterilização, recuperação dos animais e soltura - estaria concluído em apenas seis meses, e que o recurso para a solução dos problemas (R$ 500 mil) já teria sido liberado.

De acordo com o requerente, Cláudio da Drogaria Duarte (PMN), a realização desta visita tem como objetivo obter informações sobre o andamento das ações anunciadas pelas Secretarias Municipais de Saúde e de Meio Ambiente para o manejo das capivaras e prevenção da disseminação da doença, com vistas a evitar novos casos e tranquilizar a população. A ameaça dos carrapatos motivou o fechamento do equipamento entre os meses de maio, junho e julho deste ano.

Lazer ameaçado

Inaugurado em 2004, o Parque Ecológico Promotor Francisco Lins do Rego situa-se na orla da lagoa e ocupa o lugar da antiga Ilha da Ressaca, formada pelo acúmulo de resíduos sedimentares depositados ao longo dos anos.  Com área de 300 mil m², o espaço é dividido em três ambientes: um para visitação pública, outro para passeios monitorados de pesquisadores e uma reserva florestal de acesso restrito, que abriga árvores e plantas representativas da Mata Atlântica, do Cerrado e da Floresta Amazônica. A área de lazer oferece bosque para piqueniques, coreto, estrutura para ginástica e caminhadas, lanchonete, aluguel de bicicletas e playground de madeira para crianças.

Poder público e lideranças

Para acompanhar a visita técnica e prestar as informações a serem solicitadas, foram convidados o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado; o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário de Werneck Neto; o gerente Regional de Zoonoses Pampulha, Antônio W. de Paula; a coordenadora de Administração Regional Municipal Pampulha, Neusa Oliveira Fonseca. Também são aguardados representantes da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e da Associação pró-interesses do Bairro Bandeirantes (APIBB).

Superintendência de Comunicação Institucional