Casas às margens do Córrego Cercadinho correm risco de desabamento
Em visita técnica, ficou definido que audiência pública será requerida para debater soluções que atendam à comunidade
Foto: Nilson Aparecido
Diversas casas às margens do córrego Cercadinho, no Bairro Havaí, estão trincadas e com risco de desabamento. Moradores alegam que os problemas tiveram origem após obra de saneamento da Copasa, tendo sido agravados em decorrência de fortes chuvas. O vereador Gilson Lula Reis (PCdoB), durante visita técnica realizada pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, nesta quarta-feira (25/4), para vistoriar a situação dos imóveis, informou que irá requerer a realização de uma audiência pública externa, na própria comunidade, com o objetivo de apresentar ao poder público os riscos a que moradores estão sujeitos e solicitar providências para sanar os problemas encontrados.
A defesa civil, ao realizar vistorias em residências localizadas às margens do córrego Cercadinho, tem constatado a situação precária dos imóveis. Em relação a uma das casas localizadas na Rua Zilah Rodrigues, a defesa civil afirmou que o morador, ao permanecer no imóvel, expõe a própria vida a risco, em decorrência de danos na estrutura física da edificação e do perigo de desabamento parcial da edificação. As trincas são perceptíveis nos elementos construtivos da casa e a defesa civil atestou a necessidade de isolamento preventivo da área.
Em outra residência às margens do córrego, a constatação não foi diferente. A vistoria da defesa civil também concluiu que o morador não deve permanecer no imóvel, uma vez que a edificação corre o risco de desabar.
Os moradores, que relatam ainda não terem recebido apoio da PBH e da Copasa, temem que a situação se grave. Diante da ausência de alternativas, optaram por permanecer em suas residências. “A Prefeitura não tem ajudado em nada. Nada nos foi oferecido até agora, nem aluguel social, mesmo diante do risco de desabamento”, afirmou o morador Leandro José.
De acordo com Leandro e outros que moram às margens do córrego Cercadinho, os problemas começaram após a realização de obras de saneamento por parte da Copasa. Segundo Leandro, na Rua Zilah Rodrigues, após intervenções da Companhia, a água da chuva passou a empoçar, levando o concreto que ajudava a segurar um barranco às margens do córrego a ceder.
Drenurbs
Além dos riscos de desabamento, a falta de cuidados com o córrego por parte do poder público causa outros transtornos como a presença de esgoto, mato alto, ratos, escorpiões e outros animais nocivos à saúde.
O vereador Gilson Lula Reis afirma que a Prefeitura teria recursos suficientes para realizar as obras necessárias no córrego do cercadinho caso as verbas do Programa de Recuperação Ambiental de Belo Horizonte (Drenurbs) não estivessem sendo utilizadas como garantias de parcerias público-privadas realizadas na gestão Marcio Lacerda entre o Município e a empreiteira Odebrecht. Para o parlamentar, é necessário que esses recursos sejam destinados ao seu devido fim: a recuperação ambiental e o saneamento dos fundos de vale e dos córregos em leito natural.
Reis também assegurou à comunidade que irá requerer uma audiência pública a ser realizada em escola da região com o objetivo de buscar soluções para o problema. Na audiência, o parlamentar pretende apresentar ao Executivo municipal e à Copasa registros fotográficos que comprovem os graves riscos a que moradores das proximidades do córrego Cercadinho estão sujeitos. A reunião também é, de acordo com o parlamentar, o caminho para obter o compromisso das autoridades competentes de que a situação de quem reside na área será sanada.
Superintendência de Comunicação Institucional