ESCOLA MUNICIPAL

Resultados das reformas do prédio do Imaco foram conferidos em visita técnica

Obras estruturais foram iniciadas há um ano; representantes da SMED garantiram que a escola será reaberta na próxima semana

terça-feira, 16 Abril, 2019 - 20:45
Visita técnica à Escola Municipal IMACO, no dia 16 de abril de 2019

Foto: Abraão Bruck/CMBH

Interditado desde março de 2018, o prédio que abrigava a escola municipal Imaco, no Bairro Funcionários, foi vistoriado nesta terça-feira (16/4) em visita técnica promovida pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo. Em razão de uma rachadura em uma das paredes do imóvel, a Prefeitura realizou intervenções na estrutura e reformas nas instalações internas. Com a conclusão das obras, a unidade deverá ser reaberta no próximo dia 22 para os professores e, a partir do dia 23, os alunos de 4 a 80 anos voltarão a ter aulas no local. O requerente da visita, vereador Gilson Reis (PCdoB), garantiu que irá acompanhar de perto o retorno e a readaptação dos estudantes à unidade após as alterações.

Antecedida por duas visitas técnicas, requeridas pelo mesmo vereador, a vistoria realizada nesta terça teve o objetivo de conferir de perto as intervenções estruturais e as reformas realizadas no prédio da Rua Gonçalves Dias, que abrigou o Imaco por mais de dez anos. Representantes da Secretaria Municipal de Educação (SMED) que acompanharam a visita reafirmaram que a interdição foi decidida após inspeções técnicas realizadas pela Defesa Civil e engenheiros da Sudecap em decorrência do surgimento de rachaduras na fachada e em uma das paredes, que poderiam indicar danos nas fundações do imóvel, pondo em risco a segurança de alunos, professores e funcionários. De acordo com o parlamentar, no entanto, o laudo da Defesa Civil ao qual a comissão teve acesso não solicitava a interdição da escola, apenas a reparação dos danos. 

Foram conferidas as melhorias feitas na unidade, como a nova pintura das salas de aula; instalação de sanitários adaptados e mobiliário para os laboratórios de ciências e informática; a requalificação do bloco anexo ao prédio principal, que estava desativado, e transformação de espaços antes usados como depósitos de materiais em brinquedoteca e oficinas, para abrigar as atividades da Escola Integrada. Um dos técnicos que trabalha na reforma informou que a “costura” ou “amarração estrutural” das rachaduras (à esquerda) não foi feita pela empresa, e sim pela Sudecap.

Gilson Reis mencionou a suposição de que a escola teria sido desativada em razão das reclamações de moradores de prédios vizinhos, incomodados com a movimentação e o barulho no local; para ele, a rejeição teria ocorrido após a transformação do espaço, que abrigou por muitos anos um colégio privado, em uma escola pública, passando a receber estudantes negros e periféricos.  

Retorno às atividades

As representantes da Prefeitura informaram que a escola será reaberta oficialmente no próximo dia 22, após a execução dos pequenos acabamentos ainda pendentes e da limpeza completa de todas as instalações; nesta data, os professores se reunirão para planejar e organizar o retorno dos estudantes. No dia seguinte (23), as aulas serão reiniciadas e a unidade voltará a receber os quase 800 alunos da educação infantil ensino fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Segundo elas, a revitalização e readequação do espaço permitirão a ampliação de vagas no programa Escola Integrada, além da utilização das quadras e oficinas da escola nos finais de semana, no âmbito do programa Escola Aberta.

Salientando a importância do Imaco, fundado nos anos 1950, como uma das instituições públicas mais tradicionais da capital, Gilson Reis elogiou as novas instalações da escola e anunciou que estará presente no local a partir das 7h do dia 23, com o intuito de acompanhar o retorno, a acomodação e a readaptação dos alunos na unidade, conferindo se tudo correrá bem.

Acompanhamento do caso

Motivado por reclamações de pais de alunos, Gilson Reis solicitou uma primeira visita técnica ao local no dia 27 de março, pouco depois do fechamento, para conferir a situação do prédio e obter mais informações sobre os problemas apontados. A atividade, no entanto, foi impossibilitada pela ausência de representante da Prefeitura. Em nova vistoria, realizada no dia 5 de junho, a Secretaria de Obras e Infraestrutura informou que as fissuras já haviam sido seladas e que, após a verificação de outras possíveis causas dos danos estruturais, a escola poderia ser reaberta ainda em 2018.

Durante a interdição, os alunos do Imaco foram realocados no prédio da antiga Fafich, no Bairro Santo Antônio, ocupado atualmente pela Secretaria Municipal de Educação (SMED). A inadequação das instalações improvisadas para receber os estudantes foi constatada em visita técnica da comissão no dia 10 de abril; na ocasião, a SMED informou que o 3º andar do prédio seria adaptado para abrigar provisoriamente a escola. De acordo com a Prefeitura, foram investidos R$ 900 mil nas intervenções.

Superintendência de Comunicação Institucional

Visita técnica para verificar o andamento das obras de reforma da Escola Municipal IMACO - Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo