ÁREA ABANDONADA

Parque Vila Pinho sofre com depredação e falta de segurança

Problemas foram constatados em visita técnica realizada na última quarta-feira (11/12) pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana

quinta-feira, 12 Dezembro, 2019 - 11:45
Parque Vila Pinho sofre com depredação e falta de segurança

Foto: Flávia Cabral / CMBH

Falta de segurança e vandalismo foram os principais problemas encontrados no Parque Municipal Carlos de Faria Tavares, conhecido como Parque Vila Pinho, visitado pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana na última quarta-feira (11/12), a pedido do vereador Professor Juliano Lopes (PTC), acompanhado do vereador Dimas da Ambulância (Pode). Vários usuários do equipamento público estiveram presentes e apresentaram reivindicações: contratação de um vigia ou porteiro; poda de árvores e mato alto; manutenção da quadra poliesportiva e da pista de caminhada; acolhimento de pessoas em situação de rua na parte de trás do parque; combate ao consumo de drogas no local; e revitalização da Academia da CIdade, que tem recebido investimentos da própria comunidade. 

Fundado em 2000 e com 78 mil m² de muita área verde, o Parque Carlos de Faria Tavares possui pista de skate e caminhada, playground (necessitando de manutenção), uma academia da cidade com área interna, um campo de futebol e uma quadra poliesportiva (embora com falta de alambrado e drenagem do entorno danificada). Não é preciso ir muito longe para ver alguns problemas, como a guarita da entrada vazia, com os vidros quebrados e pichada; e a pista de caminhada com o asfalto cedendo. Os moradores, professores de educação física que trabalham no local e a gerente indicaram outras dificuldades: atrás da construção, onde fica a parte interna academia da cidade, pessoas em situação de rua utilizam o vão que há no local para moradia e necessidades fisiológicas; a própria academia precisa de manutenção nos equipamentos, como caneleiras e colchonetes; os dois banheiros disponíveis ao público estavam interditados, mas já foram liberados; há relatos de invasão por marginais e pessoas utilizando drogas no parque.

O vereador Dimas da Ambulância contou que gestores da Prefeitura o aconselharam a procurar um apadrinhamento para o parque: “Como vamos fazer isso?”, questionou, esclarecendo: “A gente está cobrando melhorias. As canaletas estão abandonadas, as árvores precisando de poda, o mato muito grande. A gente precisa de mais apoio para a comunidade, os professores da academia são muito dedicados e eu acredito que essa academia está aqui hoje justamente pelo empenho deles e dos alunos”.

Comunidade e professores

Para a moradora e usuária do parque, Maria de Lourdes Augusto, o local está abandonado: “Desde quando não tem um guarda na porta pra cuidar da frente do parque, é prova de que nada está sendo cuidado. Nós estamos no risco total, aqui é como se nós fôssemos ninguém. O que temos de proveito são só os professores, que são maravilhosos, e os usuários da nossa turma, temos um bom convívio”. Ela citou o problema da depredação: “Os vândalos furam um buraco e entram. Fazem do parque a casa deles. O parque está dominado, estamos cercados deles”.

“Gastamos dinheiro nosso”, afirmou o professor de educação física Willian Douglas Tadeu, contando que os professores e a comunidade fizeram uma vaquinha para consertar os colchonetes. A gerente regional dos parques do Barreiro e Oeste, Edanise Guimarães Reis, confirmou que a comunidade ajuda a manter o parque. Ela contou que as descargas e as torneiras dos banheiros foram consertadas pelos usuários.

Mas a gestora dos parques também defendeu a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, que administra o local: “Temos outros parques que estão na mesma situação. Eu tenho 16 funcionários operacionais para 15 áreas. A gente não abandona um parque, criamos até um grupo no Whatsapp para discutir questões relativas a ele”. Ela também informou que, na próxima sexta-feira (13/12), vai conversar sobre a unidade com o presidente da Fundação, Sérgio Augusto Domingues, mas ressaltou a necessidade de participação da comunidade. 

O vereador Juliano Lopes afirmou que fará um requerimento, juntamente com o vereador Dimas da Ambulância, para levar ao Executivo Municipal as demandas: “Vamos questionar porque outros parques têm vigia, e aqui não. Vamos tentar tornar o Parque Vila Pinho uma prioridade. Como professor de educação física, vejo isso aqui como uma questão de saúde”. 

Superintendência de Comunicação Institucional

Visita técnica para verificar a infraestrutura precária e sugerir melhoramentos para o funcionamento do Parque Carlos de Faria Tavares - Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana