Com atividades suspensas, mercado de eventos segue sem previsão de retomada
O setor é um dos mais prejudicados pelo isolamento social e um ano após o primeiro caso de covid na cidade está sem perspectivas
Foto: Ulrike Leone por Pixabay
Cerca de 45% dos trabalhadores empregados no setor de eventos são autônomos ou informais e sofrem com paralisação das atividades do setor em decorrência da pandemia. Com fechamento e reabertura parcial de feiras, bares, boates, casas de shows e afins, o setor de entretenimento sentido, há um ano, as consequências dos impactos socioeconômicos dessa crise sanitária e segue sem perspectivas de retomar o funcionamento. Para debater a situação do mercado de eventos em BH, a Comissão Especial de Estudo - Enfrentamento à Covid 19 vai realizar audiência pública nesta sexta-feira (5/3), às 13h30. Solicitada pelos vereadores Professor Juliano Lopes (PTC) e Léo (PSL), a reunião também deve discutir medidas de segurança para retomada das atividades culturais, bem como protocolos específicos para eventos sociais de pequeno porte.
Desde março de 2020, a Prefeitura de Belo Horizonte publicou 15 decretos que flexibilizaram ou restringiram as atividades comerciais e culturais na cidade. Tais medidas mudaram os rumos dos negócios e atingiram em cheio o setor que, segundo dados da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), representa 4,32% do PIB e gera cerca de dois milhões de empregos diretos e indiretos.
Além de representantes das Secretarias Municipais de Saúde; Planejamento, Orçamento e Gestão; Política Urbana; e Desenvolvimento Econômico, também foram convidados representantes de diversas associações ligadas ao setor cultural e de eventos.
Indicadores
Apesar de apresentar índices mais baixos que outras capitais brasileiras, Belo Horizonte restringiu por diversas vezes as atividades comerciais tendo em vista os altos e baixos dos indicadores da covid-19 e seus impactos sobre o sistema de saúde, como, por exemplo, a velocidade de transmissão (fator RT) e as taxas de ocupação de leitos de UTI e de enfermaria para tratamento da doença na capital mineira.
Nesta semana, o número de transmissão por infectado (RT) chegou a 1,20. Além do fator RT, as taxas de ocupação dos leitos clínicos e de UTI também preocupam. A alta nos leitos de enfermaria subiu de 56,2% para 58,3%, enquanto nas UTIs a ocupação chegou a 74,7% contra 70,1% da última semana. Na segunda semana de janeiro, o indicador chegou a 87%, o recorde desde o início da pandemia.
Superintendência de Comunicação Institucional