COMISSÃO DE MULHERES

Quase 15 mil mulheres tiveram gravidez de risco em BH desde 2020

Informação foi dada pela PBH em resposta a pedido de informação feito após relatos de dificuldades no atendimento

sexta-feira, 15 Julho, 2022 - 10:45

Foto: Agência Brasil

Quatorze mil oitocentos e onze. Este é o número de primeiras consultas de pré-natal de alto risco feitas pelo Sistema Único de Saúde de Belo Horizonte de janeiro de 2020 a maio de 2022. Os dados foram enviados pela PBH à Comissão de Mulheres, em resposta a pedido de informação feito pela vereadora Marcela Trópia (Novo) e aprovado pelo colegiado. Os esclarecimentos solicitados foram elaborados após o gabinete da parlamentar receber relatos de que uma adolescente, gestante de alto risco, teve dificuldade em ser atendida na rede municipal de saúde. A solicitação teve como destinatários, o prefeito Fuad Noman e a secretária Municipal de Saúde, Cláudia Navarro, e tratou de questões relativas ao número de atendimentos, estrutura física, maternidades que prestam o serviço e como se dá o fluxo nos equipamentos públicos. A resposta foi apresentada à comissão em reunião realizada nesta sexta-feira (15/7). Confira aqui os documentos e o resultado da reunião.

Na resposta, a Prefeitura afirma que a detecção de alto risco é feita principalmente nos centros de saúde quando o serviço de atenção especializada é contatado e é executada a chamada propedêutica materna e fetal, necessárias ao acompanhamento da gestação. De acordo com a PBH, a avaliação do risco gestacional é realizada pelo médico ou enfermeiro do centro de saúde “em todas as consultas de pré-natal”. Com a identificação de qualquer risco, a gestante é encaminhada ao pré-natal de alto risco, medicina fetal ou à maternidade de referência. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, são vários os fatores que demandam encaminhamento ao pré-natal de alto risco, como hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, pneumopatias como asma ou outras doenças pulmonares crônicas, diabetes pré-gestacional, passado de tromboembolismo pulmonar, entre outras.

Todas as sete maternidades públicas de BH estão habilitadas para alto risco materno ou neonatal. São elas as maternidades dos hospitais das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, Júlia Kubitschek, Odilon Behrens, Risoleta Neves, Sofia Feldman, Odete Valadares e Santa Casa. O agendamento de atendimento especializado de alto risco segue a lógica da territorialidade e as gestantes permanecem vinculadas ao centro de saúde de referência. Uma Equipe de Saúde da Família monitora e acompanha a gestante durante todo o pré-natal.

Casas da Gestante

Perguntada pela Comissão de Mulheres sobre as Casas da Gestante, Puérpera e Bebê existentes em Belo Horizonte, a PBH explicou que o equipamento contribui para a assistência integral às gestantes e puérperas de alto risco sendo uma “residência provisória para usuárias em situação de risco com objetivo de apoiar o cuidado às gestantes, recém-nascidos e puérperas que demandam vigilância e proximidade dos serviços hospitalares de referência”. De acordo com a prefeitura, o SUS-BH possui atualmente quatro casas vinculadas às maternidades do Hospital Júlia Kubitschek, Odilon Behrens, Sofia Feldman e Odete Valadares.

As gestantes atendidas pelas Casas da Gestante podem ser residentes em BH ou em outros municípios do Estado, uma vez que a capital é o “polo de atendimento para a região macrocentro, sendo referência para os casos de gestação de risco habitual e de alto risco para várias cidades”. Os recursos financeiros para custeio da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera são oriundos do orçamente do Ministério da Saúde sendo de R$ 20 mil, R$ 30 mil e R$ 60 mil, mensais dependendo do número de leitos disponibilizados.

Visitas a lactários

Durante a reunião, as vereadoras Iza Lourença (Psol), Macaé Evaristo (PT) e Fernanda Pereira Altoé (Novo) aprovaram três requerimentos que solicitam a inclusão de representantes do Conselho Municipal de Saúde, da Comissão Interinstitucional de Saúde da Mulher e do Espaço Ishtar BH entre os integrantes de três visitas técnicas que serão feitas pela comissão na próxima semana. Serão visitados os lactários e postos de coleta de leite do Hospital das Clínicas, da Maternidade Odete Valadares e do Hospital Odilon Behrens.

Superintendência de Comunicação Institucional

21ª Reunião Ordinária - Comissão de Mulheres