Impactos de eventual privatização de bancos públicos em pauta
Medida provoca repercussão na execução de programas públicos sociais, voltados para a população de baixa renda
Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Anunciada recentemente pelo governo Michel Temer, uma das medidas de reestruturação da máquina do Estado seria o fim do sistema bancário estatal. Os impactos da possível decisão de privatização da Caixa Econômica Federal (CEF), responsável por operar os programas públicos sociais, será tema de debate em audiência pública a ser realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, na próxima segunda-feira (20/11). De acordo com o requerente, vereador Pedro Patrus (PT), a medida causaria um impacto direto na qualidade de vida dos belo-horizontinos, em especial os de baixa renda. O encontro será às 19h, no Plenário Helvécio Arantes.
Único banco 100% público, a CEF é a maior administradora de políticas públicas importantes para a diminuição da desigualdade social, operadora de programas sociais do governo, como Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), entre outros. De acordo com Patrus, a abertura de capital implicaria em mudança do perfil do banco, que passaria a visar o lucro, causando um impacto direto na qualidade de vida dos belo-horizontinos, em especial os de baixa renda.
Foram convidados para a audiência, entre outros, representantes da CEF, do Banco do Brasil, do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, do Conselho Nacional de Representantes da CEF, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Movimentos Populares (CMP), além do deputado federal Patrus Ananias. O encontro é aberto à participação de qualquer entidade ou cidadão interessado.
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