Vereadoras irão conhecer o trabalho de delegacia especializada, no Barro Preto

Em reunião nesta terça-feira (25/4), a Comissão de Mulheres aprovou a realização de visita técnica à Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, Criança, Adolescente e Vítimas de Intolerância. A atividade, solicitada por Cida Falabella (Psol), será no dia 23 de maio, às 10h30, e tem o objetivo de conhecer o trabalho e os desafios enfrentados pela delegacia e dar continuidade às medidas de enfrentamento à violência contra a mulher iniciadas no mês de março. O evento foi agendado na delegacia mencionada, que fica na Avenida Barbacena, 288, Barro Preto. 

No texto do requerimento, Falabella afirma que a violência contra a mulher foi negligenciada e restrita ao núcleo familiar por muito tempo, e que essa mentalidade resultou em “milhares de feminicídios” e na prática de outras violências. Em oposição às violências mencionadas, a vereadora menciona a Lei Federal 11.340/2006, a Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Ela comenta que o dispositivo legal “não é suficiente para o efetivo combate à violência doméstica, pois a cultura, muitas vezes, culpa a mulher pela agressão sofrida ou por sua suposta omissão diante dos abusos”. 
 
A parlamentar acrescenta que, após a lei citada, surgiram as delegacias especializadas no combate à violência de gênero. Esses equipamentos têm profissionais treinados para a não culpabilização da vítima, o diálogo com aparelhos dedicados à proteção da mulher, além de estrutura e efetivo dedicados unicamente para a assistência à mulher. As melhorias, somadas ao treinamento continuado, proporcionam às vítimas um atendimento de qualidade, o que justifica que a Comissão de Mulheres venha a conhecer o trabalho realizado no local.
 
Luta contra a violência e a favor representatividade
 
Durante o mês de março, em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a Comissão de Mulheres realizou vários eventos para discutir os avanços obtidos em temas como representatividade feminina e enfrentamento à violência de gênero. No dia 7, a comissão realizou um debate com vítimas de violência. Participantes contaram histórias pessoais de agressões praticadas por companheiros, até mesmo na frente de filhos pequenos. Outras convidadas, dedicadas ao suporte a essas vítimas, sugeriram a necessidade de integração entre as políticas públicas para atendimento das demandas e apontaram dificultadores como a falta de emprego, moradia e até de informação sobre as iniciativas existentes. A Prefeitura de BH anunciou a criação da Rede Municipal de Atendimento à Mulher, um espaço de diálogo e aprimoramento de políticas públicas, ainda neste ano. 
 
A participação de mulheres na política foi debatida no dia 14. O evento discutiu a questão da violência política de gênero, sofrida por mulheres que tentam galgar posições políticas num espaço que é majoritariamente masculino e patriarcal. Reconhecer a violência de gênero, investir em educação e em mudança de cultura, tornar o sistema político mais paritário e entender a diversidade das mulheres, além da criação de um projeto intersetorial em Minas Gerais para combater a violência política e de políticas intersetoriais em geral, foram algumas das soluções aventadas para a melhoria e solução do tema em debate. 
 
Estiveram presentes os seguintes membros efetivos da Comissão: Flávia Borja (PP), Cida Falabella, Professora Marli (PP), Marcela Trópia (Novo) e Loíde Gonçalves (Pode). 
 
Superintendência de Comunicação Institucional