INQUÉRITO

Definidos membros da CPI das Barragens, que tem primeira reunião nesta sexta

A comissão é composta por sete parlamentares e vai apurar os impactos do rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho

quarta-feira, 20 Fevereiro, 2019 - 18:00

Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros

Motivada pelo recente rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale na Mina do Córrego Feijão (Brumadinho, MG), no último dia 25 de janeiro, uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instaurada na Câmara de BH para apurar os possíveis impactos desse ocorrido no abastecimento de água da capital e da região metropolitana. A composição da CPI foi publicada pela presidência da Casa nesta quarta-feira (20/2), e a primeira reunião do colegiado já está prevista para esta sexta (22/2), a partir das 14h, no Plenário Juscelino Kubitschek.

Conforme designação da presidente Nely Aquino (PRTB), a CPI das Barragens será composta pela vereadora Bella Gonçalves (Psol) e os vereadores Bim da Ambulância (PSDB), Edmar Branco (Avante), Gabriel (PHS), Irlan Melo (PR), Wesley Autoescola (PRP) e Pedrão do Depósito (PPS), que atuará como presidente interino até a eleição do presidente e do relator dessa comissão, o que deve ocorrer na primeira reunião.

Outros sete parlamentares foram indicados como suplentes na CPI: Jair Di Gregório (PP), Catatau do Povo (PHS), Pedro Bueno (Pode), Carlos Henrique (PMN), Juliano Lopes (PTC), Gilson Reis (PCdoB) e Arnaldo Godoy (PT).

Brumadinho

Entre os maiores crimes ambientais e sociais já registrados em Minas Gerais, o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho inundou de lama tóxica mais de um milhão de metros quadrados de floresta, registrando centenas de mortos e desaparecidos na região. Os rejeitos já atingiram o leito do Rio Paraopeba e, apesar de não se poder concluir sobre os reais impactos, os vereadores defendem a urgência em se apurar os riscos gerados ao abastecimento de água em Belo Horizonte e cidades vizinhas.

Em funcionamento desde 2015, a estrutura de captação de água da Copasa instalada no Rio Paraopeba, em Brumadinho, extrai até cinco mil litros de água bruta por segundo no manancial. O volume captado é encaminhado, por meio de adutora de aço, à Estação de Tratamento (ETA) do Rio Manso, onde se integra ao Sistema Paraopeba, composto pelas represas do Rio Manso, Serra Azul e Várzea das Flores. O sistema é responsável pelo abastecimento de água para mais de dois milhões de pessoas em BH e na região metropolitana. Após o rompimento da barragem da Vale, a Copasa informou que a captação no Paraopeba foi suspensa para evitar contaminação.

Barragens de risco

Atualmente, mais de 70% da água que abastece a capital é retirada do Rio das Velhas, em especial, da estação de Bela Fama, instalada pela Copasa no município de Nova Lima (MG). Diante disso, a CPI deve também verificar a segurança de outras barragens, como a de Morro Redondo (no município de Rio Acima), que poderia atingir o Rio das Velhas.

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