Isenção de imposto a empresas de ônibus deve ser votada nesta quarta (4/12)
Projeto assinado pelo Executivo pode ser analisado em 1º turno em reunião extraordinária marcada para 9h

As empresas responsáveis pelo transporte público por ônibus em Belo Horizonte podem ficar isentas do pagamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), atualmente fixado em 5%. Essa é a proposta do Projeto de Lei 1019/2024, de autoria do Executivo, que tramita em 1º turno na Câmara. O PL é o único item em pauta para ser votado na reunião extraordinária desta quarta-feira (4/12), com início previsto às 9h, junto a requerimentos relacionados. Para ser aprovada, a proposição precisa do voto favorável de 2/3 dos membros da Câmara (28), o que permitirá seu retorno às comissões para apreciação de emendas. A sessão pode ser acompanhada na galeria do Plenário Amintas de Barros ou por meio de transmissão ao vivo no portal e no canal do Youtube da CMBH.
O prefeito Fuad Noman justifica a isenção afirmando que o imposto gera “uma distorção nos custos e nas receitas” do sistema de transporte público. Atualmente, o custeio do serviço é dividido entre a tarifa paga pelos usuários e uma remuneração complementar bancada pela Prefeitura. De acordo com o PL, como a alíquota de 5% do ISSQN incide sobre as despesas operacionais, ela acaba aumentando o valor da remuneração complementar, criando um ciclo em que o imposto é pago ao município pelas empresas e, posteriormente, devolvido no financiamento. Além disso, há a incidência de um imposto federal de 2% sobre a remuneração complementar, o que eleva a carga tributária paga pela Prefeitura à União. A justificativa do projeto argumenta que a isenção reduziria esses custos. A consequente diminuição da remuneração complementar compensaria integralmente a renúncia fiscal.
Vale lembrar que as empresas de ônibus da cidade já foram beneficiadas com a isenção do ISSQN por quase uma década. O benefício foi revogado pela Lei 11.355/2022, proposta pelo presidente Gabriel Sousa Marques de Azevedo (MDB) e outros 15 parlamentares, e que entrou em vigor após a Câmara derrubar o veto do Executivo.
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