Em pauta, prioridade na vacinação dos trabalhadores do transporte público

Em contato direto com o público desde o início da pandemia, trabalhadores do transporte coletivo de Belo Horizonte reclamam dos riscos enfrentados diariamente em seus itinerários, como proximidade dos passageiros, manuseio do dinheiro para cobrar a passagem e falta de equipamentos de proteção. Outras capitais já seguem recomendação do Ministério da Saúde, que inclui esses profissionais no grupo prioritário na campanha de vacinação contra a covid-19. Contudo, a Prefeitura de BH ainda não apresentou, até o momento, cronograma de vacinação para a categoria. A questão será discutida em audiência pública da Comissão de Saúde e Saneamento, na próxima segunda-feira (24/5), às 15h, no Plenário Camil Caram. Vereadores e convidados participam da reunião por videoconferência e a população também pode participar do debate enviando perguntas, comentários e sugestões por meio de formulário eletrônico já disponível no Portal CMBH.

A vereadora Iza Lourença (Psol), que solicitou o debate, reforça que esses trabalhadores são considerados prestadores de serviço essenciais para o desenvolvimento do país. Sendo assim, foram incluídos no grupo prioritário na campanha de vacinação do Ministério da Saúde contra a covid-19. Entretanto, até o presente momento, não houve divulgação, por parte da PBH, de um cronograma específico para a classe. Segundo a vereadora, alguns municípios já vacinaram esse segmento, como é o caso de Salvador, Cuiabá, Campo Grande e São Paulo. Sendo assim, o objetivo da audiência é cobrar do Executivo celeridade na vacinação dos trabalhadores do transporte coletivo, evitando riscos à classe e a toda a população.

Reivindicações apresentadas

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região (STTRBH) destaca que os equipamentos de proteção da categoria se resumem apenas máscara e álcool em gel, enquanto os profissionais têm contato constante com dinheiro no momento de cobrar a passagem. Além disso, esses trabalhadores ficam muito próximos ao público em geral e, segundo o sindicato, as pessoas muitas vezes não respeitam medidas de segurança, como uso de máscaras, e nem todos têm consciência de que o melhor é ficar em casa.

De acordo com o STTRBH, a categoria tem 9 mil trabalhadores no sistema de transporte urbano de BH e o nível de contaminação alcança quase 10% do total; ou seja, aproximadamente 800 trabalhadores já foram contaminados.

Convidados

Foram convidados para a audiência representantes do Sindicato dos Metroferroviários de Minas Gerais, Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Federação Nacional dos Metroviários (Fenametro), Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de BH e Região, secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti Vitor, Ministério da Saúde, deputada estadual Beatriz Cerqueira, deputado federal Rogério Correia, e presidência e superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Superintendência de Comunicação Institucional