Em pauta: seis décadas da psicologia e seu compromisso social
Tema será debatido nesta quarta (24/8), às 13h, no Plenário Helvécio Arantes. Evento será transmitido ao vivo pelo portal da CMBH
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Neste mês de agosto, a psicologia completa seis décadas desde que foi regulamentada como ciência e profissão no Brasil e, diante disso, a Comissão de Saúde e Saneamento irá realizar, nesta quarta-feira (24/8), às 13h, no Plenário Helvécio Arantes, um debate sobre os 60 anos da psicologia e o seu compromisso social. Além da valorização profissional, o colegiado vai debater com especialistas, entre outros assuntos, o compromisso ético, o dever social, a importância da psicologia em contextos de crise, como na pandemia, e os efeitos psicossociais do racismo no Brasil. O evento, requerido por Macaé Evaristo (PT), será transmitido ao vivo pelo portal da CMBH, e os interessados poderão participar encaminhando perguntas e sugestões por meio de formulário eletrônico.
Diante da pandemia de covis-19, em um contexto de crise, a importância da atuação desse profissional fica ainda mais evidente, tendo em vista que a saúde física e o combate ao agente patogênico passam a ser os focos primários de atenção de gestores e profissionais da saúde, fazendo com que as implicações sobre a saúde mental sejam, por vezes, negligenciadas ou subestimadas, "sobretudo para a população negra e periférica que sofre de maneira mais contundente, os efeitos econômicos e sociais do isolamento”, afirmou a parlamentar.
Atualmente, são mais de 440 mil profissionais em todo o território nacional, o que faz do Brasil o país com o maior número de profissionais da psicologia em todo o mundo. Desde a sua origem, a psicologia enfatizou o estudo de aspectos como a depressão, a ansiedade e outros transtornos mentais. Com o desenvolvimento da profissão, ampliou-se o campo de atuação do psicólogo que dentro de sua especificidade, atua individualmente ou em equipe, em instituições públicas ou privadas, no âmbito de áreas como saúde, educação, trabalho, segurança, justiça e comunidades. A proposta de atuação desse profissional é promover o respeito à dignidade e à integridade do ser humano, já que a sua prática é pautada na responsabilidade social comprometida com os direitos humanos.
Para contribuir com o debate foram convidados representantes da Secretaria de Municipal de Saúde, do Conselho Regional de Psicologia de MG, do Sindicato dos Psicólogos de Minas Gerais, da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE/MG), da Associação Brasileira de Ensino da Psicologia (ABEP/MG), da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO/MG), e da Associação Profissional das Clínicas de Psicologia e Medicina do Trânsito de Minas Gerais. Também foram chamados representantes do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica, do Fórum Mineiro de Saúde Mental (Movimento Social), e do Diretório Acadêmico (DA) de Psicologia da PUC Minas, além da Associação dos Usuários e Familiares da Saúde Mental.
Histórico da Psicologia
A Psicologia chegou ao Brasil no início do século XX. No entanto, foi regulamentada como profissão a partir da publicação da Lei nº 4.119, em 27 de agosto de 1962, pelo presidente João Goulart. Em 1971, por meio da Lei nº 5.766, foram criados o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia.
O psicólogo deve atuar com responsabilidade social, analisando crítica e historicamente a realidade política, econômica, social e cultural. A atuação está nas clínicas, nas políticas públicas da saúde, da assistência social, no sistema de justiça, na segurança pública, no trânsito, nos esportes e em todos os contextos de cuidado à saúde mental.
Superintendência de Comunicação Institucional