ORDEM DO DIA

Interesse cultural de comércios da Praça do Cardoso em pauta nesta sexta (5)

Após aprovação em 1º turno nesta semana, projeto retorna para votação definitiva pelo Plenário

quinta-feira, 4 Dezembro, 2025 - 14:15
Praça em Belo Horizonte

Foto: Google Maps

O Projeto de Lei (PL) 356/2025 reconhece os comércios e food trucks da Praça do Cardoso, localizada no Aglomerado da Serra, como de “relevante interesse cultural, social e econômico para Belo Horizonte”. A matéria deve ser votada pela segunda vez em Plenário nesta sexta (5/12). Assinada por Pedro Rousseff (PT), a proposta tem como objetivo a valorização do “papel comunitário, cultural e gerador de renda dos empreendimentos locais”. Segundo o texto, os pontos de venda na praça contribuem para a economia popular e a ocupação dos espaços públicos, promovendo a “convivência democrática nos territórios periféricos”. O PL precisa de pelo menos 21 votos para ser aprovado em 2º turno e ir à sanção do prefeito. Também em votação definitiva na pauta desta sexta, o PL 575/2025 busca o reconhecimento de "relevante interesse cultural" para o festival gospel Vira Brasil, organizado pela Igreja Batista da Lagoinha. Para Flávia Borja (DC), autora da proposta, o evento promove benefícios ao setor turístico, financeiro e empresarial da capital mineira. Para ir à sanção ou veto do Executivo, depende da aprovação da maioria dos vereadores presentes no Plenário. A reunião acontece a partir das 14h30, no Plenário Amintas de Barros, e pode ser acompanhada presencialmente ou de forma remota pelo portal ou canal da Câmara no Youtube. Confira a pauta completa da reunião.

Papel comunitário e cultural

Na justificativa do projeto, Pedro Rousseff argumenta que “a Praça do Cardoso é muito mais do que um ponto de comércio”. Ele destaca o papel do local como um espaço de convivência entre moradores, de fomento à economia popular e da expressão cultural da região. Ainda segundo o vereador, os comércios e food trucks que funcionam na praça contribuem para a geração de renda, o fortalecimento das redes de solidariedade comunitária e a ocupação qualificada do ambiente.

“Em um contexto em que os territórios periféricos lutam cotidianamente pelo direito à cidade e ao reconhecimento de suas práticas culturais e econômicas, é dever do poder público valorizar as iniciativas locais que promovem inclusão, pertencimento e desenvolvimento territorial”, justifica o autor.

O vereador aponta que os comerciantes locais compõem “um ecossistema urbano que resiste, cria e transforma”, rompendo com “a lógica de exclusão e invisibilidade” que, em suas palavras, marcam a relação entre os territórios periféricos e o Estado. Para Pedro Rousseff, o reconhecimento proposto no projeto permite ao Poder Executivo, dentro das normas vigentes, desenvolver ações voltadas à proteção e à promoção de atividades que valorizem a economia popular e a cultura periférica.

Pareceres favoráveis

O PL 356/2025 recebeu pareceres positivos das comissões pelas quais passou. Tiléleo (PP), relator pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, por exemplo, disse que a proposição “reafirma o compromisso do Município com a diversidade, com o fortalecimento das redes de solidariedade e com o direito à cidade, especialmente em territórios periféricos”.

Pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana, Luiza Dulci (PT) ressaltou que a medida pode servir como diretriz para ações futuras de políticas integradas de apoio aos empreendedores. Alguns exemplos citados pela relatora são: a oferta de capacitação, acesso a microcrédito, melhorias na infraestrutura do espaço e inclusão em circuitos econômicos mais amplos, como o turismo de base comunitária.

Já o relatório da Comissão de Direitos Humanos, Habitação, Igualdade Racial e Defesa do Consumidor, produzido por Bruno Miranda (PDT), acentuou que, ao reconhecer, apoiar e institucionalizar iniciativas comunitárias que “promovem autonomia, resiliência e organização social”, o projeto se constitui como uma “ação estratégica de assistência social indireta”. O relator também reforçou o papel da proposta no combate à marginalização das regiões periféricas.

Em 1º turno, o PL recebeu 29 votos favoráveis. Para ir à sanção ou veto do Executivo, o PL 356/2025 depdende de nova votação favorável pela maioria dos parlamentares (21).

Virada gospel 

Também na pauta do Plenário desta sexta-feira, em votação definitiva, o PL 575/2025 busca o reconhecimento do festival gospel Vira Brasil como "de relevante interesse cultural" para a cidade. Realizado em Orlando (EUA) e em São Paulo (SP), o evento chega nesta virada de ano a BH, organizado pela Igreja Batista da Lagoinha. Na justificativa do PL, Flávia Borja, autora da proposta, ressalta benefícios ao setor turístico, financeiro e empresarial da capital mineira, além da geração de empregos diretos e indiretos, “estimulando e fortalecendo o cenário gospel de Belo Horizonte”.

A matéria foi aprovada por unanimidade em sua primeira votação, na quarta-feira (3/12), e precisa de nova votação favorável da maioria dos vereadores presentes para ir à sanção ou veto do Executivo municipal.

 

Superintendência de Comunicação Institucional