CENTROS DE SAÚDE

Realidades distintas são constatadas em unidades da Região Noroeste

No Centro de Saúde Bom Jesus, boa estrutura física e de pessoal. Ermelinda e Pedreira Prado Lopes receberam críticas quanto ao funcionamento

sexta-feira, 7 Abril, 2017 - 19:30

Foto: Rafa Aguiar / CMBH

Em visita técnica nesta sexta-feira (7/4) aos Centros de Saúde Bom Jesus, Ermelinda e Pedreira Prado Lopes, na Região Noroeste, a Comissão de Saúde e Saneamento, representada pelo vereador Catatau da Itatiaia (PSDC), encontrou realidades distintas quanto às condições de funcionamento nas três unidades. Na primeira, a população é bem atendida em uma estrutura física satisfatória e por equipes completas. Nos outros dois postos, faltam profissionais, insumos e medicamentos, o espaço é limitado e os pacientes reclamam da demora no atendimento.

Centro de Saúde Bom Jesus

O primeiro posto vistoriado foi o Centro de Saúde Bom Jesus, que conta com quatro equipes do Programa Saúde da Família (PSF), incluindo quatro generalistas, quatro enfermeiros, oito auxiliares de enfermagem, uma equipe de odontologia (duas dentistas e uma técnica de higiene dental). Cada equipe possui, em média, quatro a cinco agentes comunitários de saúde (ACSs). O posto atende cerca de 15 mil usuários, ressaltando que o território foi dividido de forma que cada equipe possa cuidar de uma parcela da população, fazendo-se um diagnóstico da saúde por quarteirão. O centro de saúde possui, ainda, equipes de apoio, com um ginecologista e um pediatra e, em breve, receberá um clínico. Conta com uma equipe de saúde mental, incluindo um psiquiatra e uma psicóloga. Possui, também, auxiliares de enfermagem, uma equipe de zoonoses, uma funcionária da limpeza e 16 ACSs, totalizando 70 profissionais.

O Núcleo de Apoio à Saúde da Família é formado, por sua vez, por nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e educador físico. O posto, que é uma área de médio risco, possui 13 consultórios, realizando 600 coletas por mês e cerca de mil exames. Os medicamentos são disponibilizados para duas mil pessoas mensalmente. Faltam consultórios para atender à demanda, um porteiro e um guarda municipal. No posto, os usuários podem ter aulas de liam gong e têm à sua disposição uma biblioteca montada graças a doações, a Biblioteca da Liberdade, cujos livros podem levar para casa. Segundo eles, o agendamento é feito em tempo hábil e com qualidade.

Centro de Saúde Ermelinda

O segundo posto vistoriado pelo vereador foi o Centro de Saúde Ermelinda, que possui sete equipes de PSF, sendo que uma atende os usuários no Centro de Saúde São Francisco, na Região da Pampulha, porque o centro de saúde é de difícil acesso e atende a um número grande de pessoas. As seis equipes de PSF que atendem os usuários no Centro de Saúde Ermelinda, contam com um médico, um enfermeiro, dois auxiliares e quatro ACSs. Faltam oito ACSs. O posto também tem médicos de apoio, um ginecologista e um pediatra, mas faltam médicos em duas equipes e ACSs em todas elas. Falta um ACE, um porteiro e um guarda municipal. Vinte e dois mil usuários são atendidos pelo Centro de Saúde Ermelinda. Segundo funcionários, o atendimento está sobrecarregado, o posto necessita de manutenção e de maior espaço físico. O posto possui 13 consultórios, onde faltam materiais em geral. Os usuários reclamam da demora para atendimento.

Segundo a gerente Regional de Atenção à Saúde Noroeste, Solange Lacerda Beirão, alguns dos pontos identificados já estão sendo encaminhados, como a questão do material de odontologia, do abastecimento de medicamentos, dos problemas de infraestrutura e de recursos humanos, que já foram avaliados pela Secretaria Municipal de Saúde. Ela informou que já foi feito pela PBH um levantamento de necessidades em todas as unidades do Município.

Centro de Saúde Pedreira Prado Lopes

O último posto visitado foi o Centro de Saúde Pedreira Prado Lopes, com classificação de muito elevado e elevado risco (probabilidade que as pessoas têm de adoecer e morrer), atendendo a uma comunidade altamente vulnerável, que totaliza cerca de oito mil usuários. O centro de saúde conta com três equipes de Saúde da Família, compostas por um médico, um enfermeiro e dois auxiliares de enfermagem e dez ACSs, mas faltam dois na equipe. Possui, ainda, uma equipe de saúde mental, formada por um psiquiatra, uma psicóloga e um assistente social; e três equipes de saúde bucal. O posto também conta com pediatra, ginecologista e clínicos. O quadro de médicos e da enfermagem está completo, assim como a equipe de zoonoses (quatro ACEs e um encarregado) e são realizados cerca de 200 atendimentos por dia. Um guarda municipal que está de férias atende o local, mas falta um porteiro e mais um profissional para a limpeza.

As principais prioridades apresentadas pela gestão foram aumento do espaço físico, sob o risco de suspender atendimentos, com a proposta de alugar um local anexo; e mudança de itinerário do ônibus que circula na região, da linha 9402. Hoje, profissionais e população têm que subir o morro para chegar ao posto.

A Associação de Moradores tem como prioridade, também, a retirada de uma torre desativada de repetição de sinal da Polícia Civil, localizada dentro da área do posto de saúde; instalação de uma cerca ao redor da unidade; e aquisição de equipamento e material odontológico. A Comissão Local de Saúde reivindicou, ainda, solução para o problema de alagamento, quando chove, na entrada do posto.

Após as visitas, o vereador Catatau da Itatiaia, vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento, disse que encaminhará aos órgãos competentes todas as demandas apresentadas pela comunidade. Ele disse que será agendada, para a próxima semana, visita à BHTrans, a fim de viabilizar a mudança de itinerário do ônibus na Pedreira Prado Lopes.

Superintendência de Comunicação Institucional