Comissão vai debater ampliação de voos no Aeroporto da Pampulha
Medida, defendida por companhias aéreas e usuários, desagrada moradores do entorno, que alegam riscos e poluição sonora
Terminal, inaugurado em 1933, recebe atualmente apenas voos de menor porte (Banco de Imagens CMBH)
Voos regulares da Pampulha para o para Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília podem voltar a ser uma opção para o cidadão belo-horizontino, reduzindo o tempo e os custos das viagens. A possibilidade da operação de novas linhas no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade será debatida nesta segunda-feira (19/10) na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário. Moradores do entorno do terminal questionam riscos e poluição sonora. Requerida pelo presidente da Casa, Wellington Magalhães (PTN), e pelo vereador Joel Moreira Filho (PTC), a audiência reunirá Prefeitura de Belo Horizonte, Secretaria de Estado do Governo, núcleo regional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e companhias aéreas no Plenário Camil Caram, a partir das 13h30.
Debatida há algum tempo na cidade, a possibilidade do retorno de voos de grande porte ao Aeroporto da Pampulha, inaugurado em 1933, vem gerando manifestações nas redes sociais e pressão política sobre os órgãos reguladores, solicitando a autorização. A medida enfrenta a resistência dos moradores do entorno, que lutam pela continuidade das restrições de uso impostas ao aeroporto desde 2007, quando a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibiu o pouso e decolagem de aeronaves comerciais com mais de 70 assentos naquele terminal.
De acordo com os defensores da medida, que criaram uma página no Facebook, em muitos casos gasta-se mais tempo no trajeto até o Aeroporto Tancredo Neves, em Confins, que dentro do avião; além disso, chega-se a pagar mais caro pela corrida de táxi até o terminal do que pela passagem aérea, enquanto o Aeroporto da Pampulha, mais próximo e acessível, continua subutilizado, com grande capacidade ociosa na maior parte dos dias e horários. No entanto, sob a alegação de insegurança, poluição sonora e aumento do fluxo de veículos, moradores vizinhos tentam a todo custo impedir as operações no aeroporto.
Os defensores da utilização do terminal argumentam ainda que, quando o terminal foi construído, a área ainda não era urbanizada e os bairros do entorno ainda não existiam; dessa forma, os atuais moradores já sabiam da existência do equipamento quando se mudaram para lá e não teriam “propriedade” para impor seus próprios interesses sobre os da coletividade.
Convidados
Para dìscutir os diversos aspectos enviolvidos e avaliar as possibilidades, os autores da audiência pública convidaram o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Araujo de Lacerda, os secretários de Estado de Governo, Odair José da Cunha; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Luiz Sávio de Souza Cruz; e de Desenvolvimento Econômico, Altamir de Araújo Rôso Filho; o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Pacheco dos Guaranys; o presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Antonio Gustavo Matos do Vale; o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), Eduardo Sanovicz.
Também são aguardados os presidentes das companhias aéreas Azul, TAM e GOL, Antonoaldo Neves, Cáudia Sender e Paulo Kakinoff. O debate é aberto à participação de qualquer cidadão interessado, ou pode ser acompanhado ao vivo pela TV Câmara, no canal 61.4 digital ou aqui no portal da Casa.
Superintendência de Comunicação Institucional