VISITA TÉCNICA

Comunidade e vereador cobram incentivo a projetos sociais e esportivos

Foram reivindicadas melhorias materiais e estruturais

quinta-feira, 24 Outubro, 2013 - 00:00
Foram reivindicadas melhorias materiais e estruturais necessárias ao desenvolvimento das atividades

Foram reivindicadas melhorias materiais e estruturais necessárias ao desenvolvimento das atividades

A Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo realizou, na última quarta-feira (23/10), visita técnica aos bairros Esplanada e Horto, região Leste, e ao Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul da capital, a projetos sociais que incentivam a prática do esporte em Belo Horizonte. O presidente da Câmara, vereador Léo Burguês de Castro (PTdoB), acompanhou a visita, e a comunidade cobrou apoio do governo para melhoria de condições materiais e estruturais necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos.

A visita começou na Associação Esportiva Bola de Ouro, na Vila Nossa Senhora Aparecida, no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Na associação, funcionam escolinhas de futebol para até 17 anos de idade, mas quem mantém o campo é somente a população local. “O que nós precisamos mais aqui é de iluminação. Estamos sem medidor de luz e com os postes incendiados. Também não temos água e os nossos vestiários estão todos quebrados”, relatou Lica, presidente da Associação Esportiva Bola de Ouro.

“Com 48 anos de existência, o Bola de Ouro é o grande equipamento que o Aglomerado da Serra possui, sendo utilizado por mais de 100 mil habitantes”, destacou o vereador Léo Burguês de Castro. Segundo ele, já foi solicitada à Prefeitura a legalização e melhorias para o campo.

Outro ponto mostrado na visita foi a ocorrência de roubos no local. Para Burguês, é preciso conscientizar a população: “Estivemos lá na inauguração há mais de dez anos, mas a própria comunidade vem roubando disjuntores e fios e queimando postes de luz”. Também foi reivindicada pela comunidade e pelo vereador a recomposição de parte do alambrado que desmoronou, devido à construção de apartamentos populares ao lado do campo, tornando perigosa a prática esportiva.

Jiu Jitsu

Já na academia Caio Gregório, no Bairro Esplanada, região Leste da cidade, todos os dias, dois horários são reservados para atender a cerca de 30 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social.

Segundo Caio Gregório, professor de jiu jitsu, os alunos saem de um mundo onde convivem com o tráfico de drogas e, na academia, aprendem a respeitar o próximo. “Eles aprendem a respeitar o pai, a mãe, o professor, e a dar valor a muita coisa que não aprendem lá fora”, comentou. Caio falou, ainda, sobre dificuldades enfrentadas no dia a dia. “O que mais precisamos é de quimono, de melhorar o tatame onde treinamos, de transporte para as crianças e de patrocínio”, informou.

Capoeira

No Bairro Horto, também na região Leste, a Associação Esportiva e Cultural Ponte Preta cedeu o espaço para cerca de 60 crianças e adolescentes treinarem jiu jitsu e capoeira. Lá os jovens também não pagam nada. De acordo com o presidente da Associação Esportiva Cultural Ponte Preta, Lenir Paulino, tudo o que é possível é feito para ajudar a comunidade, desde crianças, adolescentes e jovens, até adultos e a terceira idade.

Já saíram dois vencedores da associação: Pedro Nìcolas, de 6 anos, campeão mirim brasileiro de jiu jitsu, e Ranna Clara, de 9 anos, campeã brasileira infantil. “A Liga me deu um desconto para fazer a inscrição das crianças, que obtiveram ótimos resultados, conquistando uma medalha de ouro e outra de prata”, relatou Emerson Paulino, professor de jiu jitsu da Associação Esportiva Cultural Ponte Preta.

Contudo, a Associação também precisa de ajuda. Segundo Rafael Ferreira, professor de capoeira, para realizar os trabalhos, faltam uniformes, instrumentos musicais, lanche para os alunos, quimonos e novos tatames, além de reformas estruturais, como pintura, forro e laje.

Superintendência de Comunicação Institucional