Em pauta, proposta de abertura de capital da Caixa
Reunião ver debater impacto nos programas financiados pelo banco
Em pauta, impactos da proposta de abertura de capital da Caixa em BH. Foto: Mila Milowski
Em dezembro do ano passado, a presidente Dilma Rousseff anunciou, em entrevista, a possibilidade de abertura do capital da Caixa Econômica Federal. Na prática, a mudança abriria portas para que ações do banco passassem a ser vendidas na Bolsa de Valores, permitindo que a Caixa deixasse de ser uma empresa 100% controlada pela União. A proposta será tema de audiência pública na Câmara de BH, nesta quinta-feira (12/3), às 18h, no Plenário Paulo Portugal. O requerimento para a realização da reunião, que será promovida pela Comissão de Administração Pública, foi apresentado pelo vereador Juninho Paim (PT).
Segundo o parlamentar, o objetivo da audiência é debater os impactos da eventual abertura de capital nos programas sociais e de infraestrutura financiados pelo banco em Belo Horizonte.
Como instituição pública, a Caixa não tem o lucro como finalidade imediata. A abertura do capital, no entanto, poderia mudar a situação, fazendo com que interesses dos acionistas fossem priorizados em detrimento dos programas sociais que o banco financia. “A Caixa tem sido uma grande parceira da cidade de Belo Horizonte nos últimos anos, financiando diversos projetos. Não podemos deixar que uma possível abertura do capital da empresa afete os interesses da população”, defendeu Juninho Paim.
Nos últimos anos, a Caixa Econômica financiou diversos programas na capital mineira, dentro os quais o Minha Casa Minha Vida, focado na construção de moradias populares e o Vila Viva, voltado para a urbanização e revitalização de diferentes comunidades da capital.
Foram convidados para a audiência, dentre outros, representantes da Secretária Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação; da Caixa Econômica Federal/MG; da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal; do Conselheiro de Administração da Caixa Econômica Federal; da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT – Confraf; e do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região.
Superintendência de Comunicação Institucional