Vereadores foram ao Bairro São Gabriel discutir criminalidade
Moradores reclamam da falta de policiamento na região, roubos e assaltos
Vereador sugeriu criação de rede de vizinhos conectados
Moradores e comerciantes cobraram explicações do poder público, Polícia Militar e Guarda Municipal sobre a ocorrência frequente de roubos e assaltos no Bairro São Gabriel, na Região Nordeste da cidade, em audiência pública no salão da Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, na última quinta-feira (23/4). A audiência foi realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor, a requerimento do vereador Reinaldo-Preto Sacolão (PMDB).
Raimunda de Carvalho Braz, comerciante no bairro há 25 anos, teve sua mercearia assaltada por diversas vezes. “A gente trabalha preocupada. Todo mundo que passa é suspeito, não vemos viatura e há poucos policiais no bairro”, relatou.
Constantemente, a comunidade reclama da frequência de roubos e assaltos na região. Segundo o pastor José Felício Gottaro Júnior, a ação de criminosos tem assustado os frequentadores da igreja, no Bairro São Gabriel. “Sempre ouvimos reclamações dos fiéis, que têm sido abordados, às vezes à mão armada, por marginais na porta da igreja, no ponto de ônibus, tendo, inclusive, seus veículos roubados”, contou Gottaro.
Ações da PM
A Policia Militar reconhece o aumento do número de assaltos na região e destaca que a localização do Bairro São Gabriel, com acesso ao Anel Rodoviário e outros importantes corredores de trânsito, facilita a ação dos criminosos. De acordo com o tenente Marco Túlio Carneiro, sub comandante da PMMG, atualmente, o principal problema do bairro é o roubo a transeuntes. Segundo ele, por ser localizado entre vias de trânsito rápido, o bairro facilita a fuga de pessoas que cometem esse tipo de delito. “Vamos tentar conseguir o apoio da comunidade quanto a ações para inibir os assaltos a transeuntes, em vias laterais e vicinais, visando melhorar ainda mais o policiamento”, afirmou.
Enquanto novas medidas de segurança não são implantadas, a Polícia Militar alerta para cuidados que podem evitar que a população se torne vítima dos bandidos. Segundo o tenente Túlio Carneiro, ao encontrar facilidade, observando pessoas usando o celular em pontos de ônibus, por exemplo, ou com a bolsa volumosa à vista, o infrator pratica o delito, muitas vezes sem nem mesmo utilizar armas de fogo. Outra oportunidade que favorece a ação dos assaltantes é a pessoa caminhar sozinha no interior do bairro. “Para o infrator, é mais vantajoso roubar uma mulher ou um homem que está sozinho. Se ele se depara com um grupo maior, vai pensar duas vezes antes de praticar o delito”, orientou Carneiro.
Ações da PBH
O gerente regional de fiscalização e licenciamento da Regional Nordeste, Luiz Carlos Vieira, enumerou, por sua vez, as ações da PBH na região, a fim de evitar as ocorrências. “Temos atuado na melhoria da iluminação, por meio da troca de lâmpadas, na capina de matos em terrenos públicos ou notificação de terrenos particulares e na poda de árvores, contribuindo, assim, com o trabalho da Polícia Militar e da Guarda Municipal”, informou Vieira.
Ações da CMBH
O vereador Preto Sacolão propõe que a tecnologia seja uma aliada dos moradores no combate às ocorrências. Ele sugere a criação de grupos no celular, facilitando, desta forma, a comunicação com a polícia. “Estamos propondo, em parceria com a Polícia Militar, criar a rede de vizinhos conectados, por meio da qual cada rua formará um grupo no watsapp. De acordo com a proposta, cada rua terá um administrador no grupo, de modo que todos os moradores da rua façam parte dele. “Quando um morador observar alguma situação suspeita, poderá compartilhar no grupo. Assim, muitos moradores serão informados, tendo a oportunidade de avisar seus parentes e a própria polícia”, explicou.
Segundo o vereador Bruno Miranda (PDT), há quatro meses , foi realizada pela Câmara Municipal audiência pública para discutir a segurança na região. Para ele, é preciso continuar cobrando, principalmente da Polícia Militar, uma resposta à altura, para que a comunidade possa estar mais segura. “Se for preciso, cobraremos medidas da Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para que interceda junto à Polícia Militar e às autoridades envolvidas”, declarou Miranda.
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