Audiência pública discute novo layout

Cerca de 70 pessoas participaram da audiência pública, na manhã desta segunda-feira, 28 de abril, no Plenário Amynthas de Barros da Câmara Municipal de Belo Horizonte    para discussão do novo layout da Feira de Artes e Artesanato da Avenida Afonso Pena. A reunião foi solicitada pelo presidente da Comissão de Administração Pública, vereador Hugo Thomé (PMN).

“Este encontro é um desdobramento do nosso trabalho, iniciado ainda no ano passado, quando discutimos a negociação da dívida dos expositores junto à Prefeitura e conseguimos a prescrição do débito”, ressaltou o vereador. “Agora, vamos tratar do novo desenho da feira, priorizando a segurança  e a circulação dos visitantes”, explicou.

A Feira de Arte e Artesanato surgiu em 1969, com características de feira hippie. No começo era realizada na Praça da Liberdade e tinha 465 expositores. Em 1973 foi regulamentada pela Prefeitura e, posteriormente, transferida para a avenida Afonso Pena, entre as ruas da Bahia e Guajajaras.

Atualmente a feira conta com 2.400 expositores divididos em 12 setores. No local é comercializado de tudo: móveis, cestos, tapetes, roupas, bijuterias e artigos para decoração. Além disso, as barracas de churrasquinhos, acarajés e cervejas tornaram-se tradicionais na Feira de Artesanato da Afonso Pena. 

Circulação e segurança
 
De acordo com a nova proposta para a feira, apresentada pelo gerente de Feiras Permanentes da Regional Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte e membro da Comissão Paritária da Feira de Arte e Artesanato, Cristino  de Oliveira Nector, os expositores serão dispostos em blocos de 4 barracas, medindo 4x4 e os locais onde cada um irá ficar serão definidos por sorteio. “Nosso objetivo é dar mais espaço e organização à feira, priorizando a circulação de quem está comprando e segurança para quem expõe”, enfatizou.

Os expositores presentes à audiência pública quiseram saber como será feito o sorteio e o motivo da mudança da disposição das barracas. Eles reivindicaram que cada um seja mantido no local que ocupa atualmente.

O sargento PM, Deolindo do Vale, que representou a Polícia Militar na discussão, disse que o novo desenho da feira deve priorizar a segurança, conferindo mais espaço para a circulação. Segundo ele, a forma como as barracas estão dispostas não permite a intervenção da Polícia com a agilidade necessária.

A vereadora Luzia Ferreira (PPS) disse que o novo layout valoriza a feira de arte. Ela frisou que o local é conhecido apenas em Belo Horizonte, mas em todo o Brasil.  “Acredito que além deste novo desenho precisamos iniciar  a discussão do tombamento da feira,  como  referência  cultural de nossa cidade”, sugeriu.

O presidente da Federação dos Artesãos,  Apolo Costa, pediu que durante a execução do novo projeto, o espaço  das grades do Parque Municipal, usadas para exposição dos quadros de artistas da feira, seja mantido. “Já virou uma referência e todo visitante sabe que é ali que estão as obras de arte”, disse.

Participaram também da audiência, o presidente da Associação dos Expositores da Feira da Afonso Pena, William dos Santos, e o representante da Casa dos Artesãos, Warney Gomes. 

Realizada uma vez por semana, de 7 às 15 horas, a Feira de Arte e Artesanato recebe cerca de 70 mil visitantes a cada domingo.  A implantação do novo layout ainda não está definida e novas discussões serão realizadas em maio, para finalizar  a proposta. De acordo com o cronograma, o novo layout deverá ser implantado até julho.