Vereadores vão exigir solução para cratera no Gutierrez
Os transtornos causados por uma cratera aberta na rua Américo Macedo, no bairro Gutierrez, região Oeste da capital, foram debatidos nesta terça-feira (27/12) na Câmara Municipal, em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário. Vereadores devem aprovar no dia 28 encaminhamento de ofício ao prefeito e ao governador solicitando solução em caráter de urgência para o problema que tem afetado os moradores da região.
Cratera em via no Gutierrez por rompimento de adutora da Copasa
Vereadores da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário da Câmara Municipal devem aprovar nesta quarta-feira (28/12) envio de ofício ao prefeito Márcio Lacerda e ao governador Antônio Anastasia solicitando urgência na reparação dos danos causados pela abertura de uma cratera na rua Américo Macedo, no bairro Gutierrez, região Oeste da capital. O assunto foi debatido nesta terça-feira (27/12), em audiência pública requerida pelo presidente da comissão, vereador Wagner Messias – Preto (DEM).
O encaminhamento será feito pelos vereadores Preto, Fábio Caldeira (PSB) e Silvinho Rezende (PT). Os parlamentares e moradores presentes à audiência reclamaram da indefinição por parte da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e da PBH sobre a responsabilidade de reparos. “Queremos apenas que a PBH e a Copasa se entendam para socorrer os moradores”, exigiu Preto, destacando a necessidade de um entendimento entre os dois órgãos públicos.
De acordo com parlamentar, fontes ligadas à Prefeitura comunicaram a ele que o prefeito se reuniria às 18 horas desta terça-feira na sede da Copasa a fim de tratar, entre outros temas, do problema no bairro Gutierrez.
O incidente ocorreu no último dia 15 durante a forte chuva que atingiu a cidade, quando os moradores do Edifício Tetela foram surpreendidos com a entrada de água no prédio e a abertura de um buraco de 30 metros de comprimento e 4 metros de profundidade junto a um muro que cerca o imóvel.
“Qualquer incidente maior que ocorrer ali será responsabilidade da Prefeitura e da Copasa”, destacou Preto, referindo-se ao risco de desabamento do muro e comprometimento da estrutura do edifício, que possui 42 apartamentos em seis andares.
“Quem mora no prédio não consegue dormir, com medo. O buraco abriu no dia 15 e até hoje não temos uma solução. O que estamos vendo é a omissão dos poderes municipal e estadual”, reclamou o vereador Pablo César – Pablito (PSDB). Ele sugeriu que, em primeiro lugar, sejam providenciadas as obras necessárias e, em seguida, tratadas as questões referentes à responsabilidade. “Não podemos esperar mais chuva, com o muro podendo desabar e causar uma tragédia maior”, ressaltou Pablito.
Segundo o gerente da Copasa, Élcio Francisco de Siqueira, técnicos verificaram que houve um desencaixe, e não propriamente um rompimento, de um cano da rede de água. A causa principal seriam as fortes chuvas, que, de acordo com ele, teriam umedecido o terreno e aumentando a pressão do muro sobre o cano.
Condôminos
Dois moradores do primeiro andar, onde o risco seria ainda maior, já desocuparam os imóveis, segundo explicou o síndico Pedro Henrique Assunção. Ele afirmou que as despesas com reparos emergenciais estão sendo custeadas pelos próprios condôminos, que contrataram uma construtora para retirar parte da terra e realizar o escoramento do muro. “Calculo que iremos gastar até meados de janeiro cerca de R$ 100 mil com essas intervenções”, ressaltou o síndico. Os moradores também tiveram que alugar um apartamento de uma vizinha no 1º andar para ter acesso a suas moradias.
O vereador Preto sugeriu a interdição de meia pista da rua Almirante Alexandrino, que faz esquina com a via afetada, tendo em vista principalmente o tráfego de veículos pesados como caminhões e ônibus.
De acordo com o perito Clemenceau Chiabi Saliba Junior, contratado pelos moradores, além da possibilidade de desabamento do muro há o risco de queda de um poste de energia e de uma árvore na via. Ele disse que espera a conclusão de um relatório de perícia até a próxima sexta-feira. Advogados contratados pelos condôminos afirmaram que medidas judiciais já estão sendo tomadas, solicitando providências à Copasa, PBH e Cemig.
O secretário adjunto da Administração Regional Oeste, Tomás Antônio Junqueira Arantes, afirmou que a PBH irá acionar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e a Defesa Civil para tratar dos reparo no poste e na árvore.
Também participou da audiência o vereador Fábio Caldeira e o gerente de manutenção da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Tadeu Henrique de Assis.
Superintendência de Comunicação Institucional