Atenção à saúde de pessoas com deficiência é discutida na CMBH
Adequação dos serviços médicos e odontológicos esteve em pauta
Audiência Pública na Comissão de Saúde e Saneamento
Nesta quarta-feira (19/12), por requerimento do vereador Leonardo Mattos (PV), a Comissão de Saúde e Saneamento realizou audiência pública para discutir o atendimento dispensado às pessoas com deficiência na rede pública de saúde em Belo Horizonte. Estiveram presentes na reunião representantes do Legislativo, do Executivo e da sociedade civil.
As dificuldades vividas pelos portadores de necessidades especiais no momento de receber atendimentos médico e odontológico são diversas. De acordo com Kátia Ferreira, que milita na organização Centro de Vida Independente de Belo Horizonte, cadeirantes enfrentam, por exemplo, barreiras na utilização de macas, no acesso às balanças de hospitais e na realização de mamografias, já que os equipamentos utilizados nem sempre são adaptados às condições de todos os usuários. No caso da atenção à saúde bucal, uma dificuldade recorrente está ligada ao atendimento das pessoas com deficiência mental e intelectual. Em alguns casos, em função da condição dos pacientes, procedimentos corriqueiros, como tratamento de cáries e canais, podem demandar a realização de anestesia geral, o que implica riscos ao usuário.
Segundo o vereador Leonardo Mattos, o enfrentamento da situação exige diálogo com os diferentes órgãos do poder público responsáveis por realizar a gestão da saúde no município. Para ele, é necessário que todos os agentes envolvidos assumam de frente a responsabilidade pelo problema, de modo a garantir mais inclusão e respeito às pessoas com deficiência na área da saúde.
Presente na reunião, Sônia Gestera, gerente da Rede Complementar da Secretaria Municipal de Saúde, afirmou que o município tem trabalhado para corrigir falhas e inadequações que dificultam a realização de exames e outros procedimentos médicos. Também representando a Secretaria, Carlos Cavalcante, Coordenador de Saúde Bucal do município, informou que, no intuito de preservar os pacientes com deficiência mental, o SUS trabalha para evitar, quando possível, a realização de procedimentos odontológicos com anestesia geral. Para tanto, procura resolver os casos clínicos já no âmbito da atenção básica ou do serviço especializado, realizado por profissionais capacitados para atender pacientes com deficiência mental, intelectual, paralisia cerebral, dentre outros. Além disso, afirmou que, em Belo Horizonte, não existem filas para a realização desse tipo de procedimento, já que a demanda não é maior do que a capacidade de atendimento.
Estiveram presentes na audiência pública os vereadores Edinho Ribeiro (PTdoB), Leonardo Mattos (PV), Márcio Almeida (PRP) e Toninho Pinheiro da Vila Pinho (PTdoB), além de representantes da Coordenadoria de Direitos da Pessoa com Deficiência, do Conselho Municipal de Saúde, do Instituto Superação, do Centro de Vida Independente de Belo Horizonte, e das secretarias municipais de Governo e de Saúde.
Superintendência de Comunicação Institucional