Vistoria aponta necessidade de aprimorar estrutura física de unidades

O Centro de Saúde Primeiro de Maio e a UPA Norte foram vistoriados nesta segunda-feira (21/3) pela Comissão de Saúde e Saneamento da Câmara de BH. O presidente da Comissão, vereador Márcio Almeida (PSD), analisou as instalações e conversou com funcionários e usuários das unidades de saúde. Um relatório com as demandas de usuários, do Conselho Distrital de Saúde e dos funcionários das duas unidades será encaminhado à prefeitura. Marcio Almeida espera que, até o final deste ano, a UPA Norte, localizada na Rua Oscar Lobo Pereira, seja transferida para um novo imóvel, na Via 240, com infraestrutura adequada. Após a transferência, a edificação onde hoje funciona a Unidade de Pronto-Atendimento deverá ser adaptada para abrigar o novo Centro de Saúde Primeiro de Maio.

Durante a visita técnica foi possível verificar a existência de problemas de infraestrutura física no imóvel localizado na Rua Volts, 89, onde atualmente funciona o Centro de Saúde Primeiro de Maio. O compressor odontológico gera barulho que incomoda pacientes e funcionários, a ventilação está comprometida, o toldo que deveria proteger os usuários da chuva está furado, as salas são pequenas, os corredores são estreitos e o grau de acessibilidade para idosos e deficientes é baixo.

O vereador Márcio Almeida explicou que os problemas de infraestrutura serão sanados com a transferência da unidade para a edificação que atualmente abriga a UPA Norte. A mudança de endereço deve ocorrer, segundo Almeida, até meados do ano que vem, quando o imóvel estará devidamente adaptado para receber a unidade básica de atendimento.

Atendimento de saúde

O Centro de Saúde Primeiro de Maio conta com cerca de 10 mil usuários cadastrados em sua área de abrangência. De acordo com a gerente da unidade, Nívia Maria, em média, 250 pessoas são atendidas diariamente. Esse número se refere à totalidade dos serviços prestados, como vacinação, farmácia, saúde bucal, agendamento de consulta, atendimento médico e de enfermagem.

Para atender à tamanha demanda, a unidade conta com três médicos que atuam nas equipes de saúde da família e outros três profissionais de apoio nas áreas de pediatria, ginecologia e clínica. De acordo com a gerência do Centro de Saúde, tendo em vista o número de usuários que estão na área de abrangência da unidade, seria necessária a incorporação de mais uma equipe de saúde da família. Além disso, o psiquiatra que deveria atuar na unidade do Bairro Primeiro de Maio terá que atender no Centro de Saúde Providência, tendo em vista o espaço exíguo da unidade visitada pela Comissão de Saúde.

De acordo com a conselheira distrital de saúde, Mônica Guimarães, o principal ponto positivo do Centro de Saúde Primeiro de Maio é o empenho dos funcionários, que, segundo ela, se esforçam para qualificar e humanizar o tratamento, mesmo com as dificuldades trazidas pela estrutura física inadequada.

UPA Norte

Também na UPA Norte, o principal problema é a inadequação da estrutura física. O gerente da unidade, José Maria Fernandes, explicou que há 20 leitos fixos para pacientes adultos; um isolado para pacientes com doenças infectocontagiosas, como tuberculose e meningite; 12 leitos pediátricos; e uma sala de emergência com capacidade para três pacientes. Ele informou que a capacidade da UPA é suficiente para atender adequadamente de 80% a 90% da demanda em épocas em que a cidade não sofre com epidemias. Já nos períodos em que há registro de epidemias como a de dengue ou de doenças respiratórias, o tempo de espera por atendimento aumenta. Nessas épocas, a procura pela UPA Norte é ampliada em cerca de 50%. O gerente salienta, entretanto, que nenhum paciente deixa de ser atendido na unidade.

Segundo Fernandes, uma das principais vantagens da mudança para o novo imóvel, localizado na Via 240, será a possibilidade de ampliação adequada do número de leitos em caso de epidemias. A previsão é que a transferência de endereço ocorra até o fim deste ano.

O gerente também defendeu o modelo das UPAs para o atendimento de casos de média complexidade. Ele aponta que a resolutividade dos casos atendidos nas UPAs de Belo Horizonte foi de 96,58% em 2015 e apresentou dados relativos à taxa de mortalidade nessas unidades que, no mesmo período, ficou em 0,15%. De acordo com o gerente, os números apontam o sucesso do modelo de atendimento adotado nas UPAs da capital mineira.

O vereador Márcio Almeida explicou que a obra do imóvel que irá receber a UPA Norte, na Via 240, foi interrompida, mas deve ser retomada a tempo de ser entregue à população até o mês de dezembro deste ano, de modo a solucionar os problemas de infraestrutura. Para o parlamentar, o atendimento prestado pela equipe de profissionais da UPA Norte, assim como por aqueles que atuam no Centro de Saúde Primeiro de Maio, é o principal ponto positivo das unidades.

A conselheira distrital de saúde, Mônica Guimarães, concorda com o vereador e destaca que os profissionais de ambas as unidades de saúde procuram desenvolver um trabalho humanizado, com respeito ao controle social exercido pelas esferas de participação popular e em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS). Assim como Marcio Almeida, a conselheira espera que os problemas de infraestrutura sejam solucionados com a inauguração da nova sede da UPA Norte e a transferência do Centro de Saúde Primeiro de Maio para a Rua Oscar Lobo Pereira, 270.

Superintendência de Comunicação Institucional