Postos de saúde de BH já receberam cerca de 200 mil doses de vacinas

A febre amarela vem tirando a tranqüilidade dos brasileiros. No País, já foram confirmados 19 casos, com suspeita de 10 óbitos, principalmente em cidades onde há matas ou florestas. Em Belo Horizonte é grande a procura pela vacina, mesmo não havendo risco iminente de contaminação, considerando que o último caso confirmado na região metropolitana foi em 2003.

Mesmo com a informação de que só precisam ser imunizadas as pessoas que vão viajar para áreas de risco, são grandes as filas nos 145 postos de vacinação da capital. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 188 mil vacinas já foram distribuídas desde o início deste mês e outras 20 mil devem chegar aos postos de saúde amanhã, 29 de janeiro.

A febre amarela se manifesta no verão, quando o período quente e chuvoso contribui para a proliferação do mosquito transmissor da doença, especialmente nas áreas rurais. Os principais sintomas são: febre alta; dor abdominal; mucosas, olhos e língua amarelados; além de hemorragias, nos casos mais avançados. As primeiras manifestações da infecção podem ser observadas de dois a seis dias após a picada do mosquito.

Vacina

Em Minas Gerais foi confirmado um caso da doença com óbito. Um lavrador de Uberlândia, que foi infectado, possivelmente quando trabalhava em uma lavoura na cidade de Caldas Novas, no estado de Goiás. Representantes da Prefeitura de Belo Horizonte informaram que não há motivo para pânico, porque esse tipo de febre amarela é selvagem. O tipo urbano da doença foi erradicado há 46 anos.

A chance de cura da febre amarela é de aproximadamente 100%, dependendo do estágio em que a doença é constatada, porque ela tem várias formas de apresentação clínica. Por isso, é importante que as pessoas se vacinem antes de viajar para áreas de risco.

A pessoa vacinada estará imunizada por um período de dez anos. A vacina é contra-indicada para crianças com menos de seis meses de idade, pessoas com baixa imunidade (causada por doenças ou tratamentos), gestantes e quem tem alergia a ovo de galinha e derivados.

As autoridades alertam sobre os perigos da superdosagem da vacina. O medo de serem infectadas levou algumas pessoas a tomarem mais de uma dose em um curto espaço de tempo. Isso pode causar diversas doenças como, por exemplo, a hepatite e outras complicações no fígado. A vacina também pode gerar alguns efeitos colaterais, como febre e mal-estar, mas nada que traga risco à saúde.