Unidade de castração apresenta infiltrações, rachaduras e pouco espaço
Centro de Esterilização Oeste foi vistoriado pela Comissão de Saúde e Saneamento, que cobrou providências da Regional
Foto: Bernardo Dias / CMBH
Uma construção antiga com infiltrações em várias paredes, muros rachados com risco de desabamento, espaço pequeno e falta de cobertura da luz solar na sala de cirurgia, onde funciona um velho ar condicionado. Esta foi a situação encontrada pela Comissão de Saúde e Saneamento em visita técnica ao Centro de Esterilização de Cães e Gatos Oeste, no Bairro Salgado Filho, nesta sexta-feira (27/7). A visita, solicitada pelo vereador Irlan Melo (PR), foi acompanhada pela coordenação da Regional Oeste, que prometeu melhorias.
“Algo que eu creio ser emergencial é a questão do toldo do lado de fora da sala de cirurgia. O sol bate justamente na sala. Também é preciso melhorar as condições de infraestrutura. E em relação às infiltrações, por exemplo, basta corrigir a questão do telhamento”, avaliou Irlan Melo. Ele afirmou que as demandas são simples e serão encaminhadas, com pedido de urgência e via comissão, à Secretaria Municipal de Saúde.
Para a gerente de Esterilização Animal de Belo Horizonte, Aline Bezerra Virgínio Nunes, o grande problema da unidade é estrutural. “O centro foi inaugurado em 2008 e desde então não teve nenhum reparo ou melhoria”, queixou-se.
Atendimento
O Centro de Esterilização de Cães e Gatos da Regional Oeste realiza a castração gratuita, mediante agendamento, de animais que têm dono - os cães e gatos sem tutores são de responsabilidade do Centro de Controle de Zoonoses. A unidade conta com três veterinários, dois trabalhando em meio período e um que atua durante oito horas. Eles são auxiliados por agentes de Combate às Endemias (ACE), que ajudam na sedação dos animais, por exemplo.
Em média, são feitos 40 agendamentos de castração por dia, embora a abstenção chegue a atingir 30%. Mas a demanda é grande. “A fila já é para o ano que vem”, afirmou Aline Nunes. A gerente do Controle de Zoonoses da Regional Oeste, Denise Ribeiro Mesquita, informou que a equipe está fazendo um trabalho diferenciado, abrindo vagas prioritárias para pessoas de baixa renda, acumuladores (que recolhem animais das ruas) e ONGs.
Belo Horizonte possui quatro unidades de esterilização. As outras três se localizam no Bairro Caiçara (Regional Noroeste), São Bernardo (Regional Norte) e Regional do Barreiro. Além disso, uma unidade móvel atende locais de difícil acesso aos centros fixos.
Apoio
O centro também é um Ponto de Apoio de Zoonoses (PSZ), que acolhe a equipe de Leishmaniose, como espaço de alimentação e descanso para os agentes. No local são guardados materiais e equipamentos do almoxarifado da Gerência de Zoonoses Oeste, como máscaras, bombas motorizadas, inseticidas, raticidas, etc. “Aqui é um conjunto, em que tudo está interligado”, sustentou Denise Mesquita.
A questão da segurança desses materiais e equipamentos também é uma preocupação dos profissionais do local. Segundo Denise, cada máscara utilizada pelos agentes custa R$ 600, e o almoxarifado, além de pequeno, é pouco protegido. O muro que cerca a construção é baixo e apenas uma cerca telada faz a divisão entre a unidade e a via, o que permitiria fácil entrada de estranhos.
“É minha primeira visita ao local. Alguns problemas que oferecem risco já serão levados para o nosso pessoal de manutenção, como o muro que está quebrando e com risco de desabar”, informou o coordenador da Regional Oeste, Sílvio Malta.
Ao final da visita, foi entregue ao vereador Irlan Melo um relatório com as principais demandas. “Eu não tenho a caneta. Mas vamos tentar mover a mão. Já conseguimos muita coisa”, garantiu o parlamentar.
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As reportagens publicadas neste portal no intervalo do dia 7 de julho a 7 de outubro de 2018 sofrerão restrições em função da legislação eleitoral.